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segunda-feira, 23 de março de 2015

O Retorno ao Monge


O rapaz que tinha ido ao monge no mês anterior, que recebeu o conselho de ficar uma noite sem dormir e perceber a paz que sentia quando a mente silenciava pela ausência de energia, mandou outra carta ao monge, dizendo que tinha feito a experiência e compreendido o que ele queria dizer. Mas alegou não ter feito muita diferença, pois não conseguia parar a mente enquanto estava com energia. Contou que ela continuava tagarelando e falando sobre coisas que não queria ouvir.

Na carta, pediu para visitá-lo mais uma vez. O monge enviou uma carta de volta, pedindo para passar lá daqui a três dias. O monge já sabia que o rapaz iria retornar, pois tinha sonhado com isso. O monge sabia o que dizer.

Três dias depois, o homem retornou ao mosteiro. Depois dos discípulos do monge avisarem sobre o regresso do rapaz, o monge pediu que mandassem ele entrar. O homem entrou na sala do monge. Estava cheia de papéis para lá e para cá, parecia estar empenhado num grande trabalho.

- Olha - disse o monge sem perder tempo -, sonhei com você, e no meu sonho eu te indicava uma tarefa. Então irei fazer conforme sonhei. No sonho eu pedia para você manter um diário, onde você iria escrever sobre todas as experiências que tivesse e que te causassem algum transtorno. Também iria escrever sobre as experiências positivas, as que te fizessem se sentir bem. Apenas manter um diário, onde relataria as experiências que fogem ao comum, sejam boas ou ruins. Você irá apenas descrever a experiência, nos mínimos detalhes. O que você falou, o que disseram a você, onde você estava, como você se sentiu, quem estava por perto, etc.

- No sonho - prosseguiu ele -, eu contava que você não fazia ideia de como isso era iluminador. Que você passaria a enxergar diversas coisas que antes não via. Que isso era uma forma de abrir a sua mente para diversos caminhos que antes você não estava conseguindo enxergar porque a sua mente não o permitia ver.




~ * Palavras que saíram da Boca * ~
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