!

!

terça-feira, 31 de março de 2015

O Caminhante Bipolar


O caminhante bipolar busca o equilíbrio e a libertação, explorando os polos e perdendo o medo de caminhar entre eles. Ele sabe que é o movimento que produz energia, que é o circular da estaca que gera a faísca que faz pegar fogo na madeira. Se ele ficar impossibilitado de caminhar, sabe que está perdendo a vida; assim como sabe que, se ficar apenas em um lado, incapacitado por alguma razão de conhecer o outro, também está morrendo.

O caminhante bipolar perde o medo do sim e do não, da aproximação e da distância. Explora o uso dos dois, podendo assim agir conforme o seu coração mandar em qualquer circunstância. Isso o torna um homem mais verdadeiro, pois passa a fazer escolhas sem influências a não ser aquelas de suas reais vontades.

O caminhante bipolar desenvolve a multiplicidade. Não exclui os aspectos da experiência. Sabe que o sol vai gerar a chuva, e sabe que isso é bom, pois a chuva tira as águas dos vales e pode conduzi-las novamente pela precipitação das nuvens, aos topos.

O maior inimigo do caminhante bipolar é o medo. Ele contraria todas as suas expectativas até que a sua ação se torne independente dele.

O caminhante bipolar é o homem mais livre do mundo. Rompeu todas as barreiras. Se habituou ao topo e ao vale, à sombra e à luz, ao pântano e ao bosque, à escassez e à fartura. O caminhante bipolar caminha por qualquer lugar, por isso se torna um homem rico. Ele encontra as riquezas escondidas no escuro e aquelas escondidas na luz.




~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.