Havia um homem que pintava quadros super simples, com tinta acrílica, e
que encantava todo mundo. Não havia nenhuma habilidade especial em sua pintura,
mas as pessoas gostavam, principalmente os nobres, que queriam insistentemente
tê-las em casa.
Na mesma cidade, haviam vários pintores que realizavam obras belíssimas, preenchidas com cores e cheias de perfeccionismos. Tinham uma habilidade incrível. Eram obras perfeitas, um realismo surpreendente. Não havia defeito. Coisa de outro mundo... Um talento sobrenatural. Mas a população não queria ter esses quadros em casa... Curiosamente, elas queriam os daquele pintor simples que pintava com tinta acrílica.
No começo, os grandes pintores acreditavam ser alguma simpatia, ou sorte; mas o tempo foi passando e aqueles quadros simples continuavam a conquistar ainda mais pessoas. Isso começou a despertar a curiosidade, principalmente daqueles pintores excepcionais.
O pintor simples mantinha um Ashram, onde aceitava visitantes interessados em passar temporadas, sem gastarem nada. Mantinha o espaço aberto a qualquer um que sentisse vontade. Ali o pintor de tinta acrílica passava alguns de seus ensinamentos espirituais. Coisas que aprendeu com a própria experiência e que sentia ter poder de iluminar a vida de outros. Não cobrava nada por isso, mantinha o estabelecimento com a venda de seus quadros. Alguns chegavam a ser leiloados, então acabava obtendo um alto valor por eles. Pelo menos era o suficiente para manter o lugar sem precisar cobrar dos visitantes.
Um desses pintores realistas, depois do insucesso com a sua arte, sentiu o orgulho que colocava em sua habilidade, ferido. Então sua alma adquiriu humildade, o que fez com que a raiva por aquele homem que conquistava todo mundo com quadros simples, passasse.
Sentia raiva dele porque o homem não devia gastar nem uma hora sequer pintando um quadro, e conseguia vendê-lo por preços absurdos. Sendo que ele, às vezes, passava cinco dias seguidos para terminar uma única obra, depois ganhava uma série de elogios, mas não conseguia vender nenhuma.
Como o tempo revelou que não havia como competir com o homem de quadros simples, pensou que talvez então pudesse aprender alguma coisa com ele. Se inscreveu no seu Ashram e resolveu aprender seus ensinamentos. Se tornou seu discípulo. Talvez tivesse algum segredo... Queria descobrir.
Quando chegou lá, e depois de ter conseguido alguma amizade com o homem que mantinha o Ashram, perguntou se tinha algum segredo para conseguir vender obras tão caras e conquistar pessoas. Ora, era um mestre... Um mestre tem que ensinar, não pode esconder seus segredos...
O homem falou que tinha, mas que só ia contar quando sentisse que ele estava seguro de seu caminho, de que era realmente o caminho espiritual que queria seguir. Porque só então poderia chamá-lo de discípulo e abrir os ensinamentos mais profundos.
Depois de um ano, aquele homem ainda continuava lá, no Ashram. Seu mestre resolveu um dia, de repente, contar-lhe o segredo. Disse que sentiu um impulso que permitiu o feito.
Contou que não é o homem quem pinta o quadro, é o quadro quem é pintado pelo homem. Contou que não se desenvolve uma técnica para pintar, é a pintura quem revela os seus segredos ao homem. Disse que se a pintura sentir o amor do homem por ela, talvez o ame de volta e revele os seus segredos. Falou que, se a pintura escolher o homem, começará a ser pintada por ele. Então será perfeita, mesmo que seja simples, porque não foi o homem quem pintou, foi a pintura quem se fez através dele.
Na mesma cidade, haviam vários pintores que realizavam obras belíssimas, preenchidas com cores e cheias de perfeccionismos. Tinham uma habilidade incrível. Eram obras perfeitas, um realismo surpreendente. Não havia defeito. Coisa de outro mundo... Um talento sobrenatural. Mas a população não queria ter esses quadros em casa... Curiosamente, elas queriam os daquele pintor simples que pintava com tinta acrílica.
No começo, os grandes pintores acreditavam ser alguma simpatia, ou sorte; mas o tempo foi passando e aqueles quadros simples continuavam a conquistar ainda mais pessoas. Isso começou a despertar a curiosidade, principalmente daqueles pintores excepcionais.
O pintor simples mantinha um Ashram, onde aceitava visitantes interessados em passar temporadas, sem gastarem nada. Mantinha o espaço aberto a qualquer um que sentisse vontade. Ali o pintor de tinta acrílica passava alguns de seus ensinamentos espirituais. Coisas que aprendeu com a própria experiência e que sentia ter poder de iluminar a vida de outros. Não cobrava nada por isso, mantinha o estabelecimento com a venda de seus quadros. Alguns chegavam a ser leiloados, então acabava obtendo um alto valor por eles. Pelo menos era o suficiente para manter o lugar sem precisar cobrar dos visitantes.
Um desses pintores realistas, depois do insucesso com a sua arte, sentiu o orgulho que colocava em sua habilidade, ferido. Então sua alma adquiriu humildade, o que fez com que a raiva por aquele homem que conquistava todo mundo com quadros simples, passasse.
Sentia raiva dele porque o homem não devia gastar nem uma hora sequer pintando um quadro, e conseguia vendê-lo por preços absurdos. Sendo que ele, às vezes, passava cinco dias seguidos para terminar uma única obra, depois ganhava uma série de elogios, mas não conseguia vender nenhuma.
Como o tempo revelou que não havia como competir com o homem de quadros simples, pensou que talvez então pudesse aprender alguma coisa com ele. Se inscreveu no seu Ashram e resolveu aprender seus ensinamentos. Se tornou seu discípulo. Talvez tivesse algum segredo... Queria descobrir.
Quando chegou lá, e depois de ter conseguido alguma amizade com o homem que mantinha o Ashram, perguntou se tinha algum segredo para conseguir vender obras tão caras e conquistar pessoas. Ora, era um mestre... Um mestre tem que ensinar, não pode esconder seus segredos...
O homem falou que tinha, mas que só ia contar quando sentisse que ele estava seguro de seu caminho, de que era realmente o caminho espiritual que queria seguir. Porque só então poderia chamá-lo de discípulo e abrir os ensinamentos mais profundos.
Depois de um ano, aquele homem ainda continuava lá, no Ashram. Seu mestre resolveu um dia, de repente, contar-lhe o segredo. Disse que sentiu um impulso que permitiu o feito.
Contou que não é o homem quem pinta o quadro, é o quadro quem é pintado pelo homem. Contou que não se desenvolve uma técnica para pintar, é a pintura quem revela os seus segredos ao homem. Disse que se a pintura sentir o amor do homem por ela, talvez o ame de volta e revele os seus segredos. Falou que, se a pintura escolher o homem, começará a ser pintada por ele. Então será perfeita, mesmo que seja simples, porque não foi o homem quem pintou, foi a pintura quem se fez através dele.
~ * Palavras que saíram da Boca * ~
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