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terça-feira, 3 de março de 2015

A Pedra Filosofal



Muito antigamente, um homem, ao ouvir falar dos grandes eremitas que meditavam nas montanhas e nos desertos, sentiu uma enorme atração curiosa pelo assunto. Por que eles faziam isso? Ele não sabia a resposta, mas queria saber. Nunca tinha encontrado nenhum eremita antes, havia apenas ouvido falar. Naquela época não existiam livros, então o conhecimento era restrito a alguns.

Seguindo a sua paixão curiosa, o homem começou a meditar. Nunca havia ouvido falar em meditação, não sabia o que era. Mas já tinha visto desenhos dos homens eremitas sentados e silentes. Começou a imitá-los, procurando entender porque ficavam assim. Começou a meditar mesmo sem saber o que estava fazendo.

Cada vez que ficava em silêncio, quieto, como os homens... Começava a sentir coisas que não sentia antes. Sensações no corpo, vozes dentro da cabeça, movimentos à sua volta...

Foi ficando cada vez mais curioso, porque sentia que estava vendo coisas que nunca havia visto. Parecia que um novo mundo estava se abrindo.

Depois de um tempo, o homem começou a sentir um som constante dentro de sua cabeça... Um som com brilho. Junto com o som, sentia que havia algo ali dentro. O som parecia vir daquele algo.

Quando começou a sair uma nova linguagem da boca do homem, uma outra forma de falar, um novo entendimento das coisas, uma filosofia que tocava as pessoas; outros homens foram sentindo o som e conhecendo um novo mundo também.

Quando o homem morreu, abriram o corpo dele, procurando descobrir o que era aquilo que ele relatava fazer som dentro de sua cabeça. Por dentro do crânio, perto do cérebro, na região medial da cabeça, havia uma glândula. Havia uns cristais presos a ela. Em nenhum outro cadáver foram encontrados os cristais, apenas a glândula.

Devido à grande inteligência filosófica que o homem possuía, criou-se uma história de que o homem possuía uma Pedra Filosofal.


~ * Palavras que saíram da Boca * ~
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