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sábado, 6 de dezembro de 2014

A Aventura do Espírito



Que tal embarcar numa jornada cheia de mistérios, segredos e aventuras? Sim, esse tipo de jornada existe, não é coisa de filme. Você pode vivê-la também, e pode chegar a ser bem mais interessante do que aquelas de filme, porque é real, é você quem estará vivendo-a.

Há uma corrente que vem desde antes de Cristo afirmando que existe algo a mais além do homem e que ele é capaz de conhecer. Homens como Sócrates, Platão, Heráclito, Buda, Aristóteles, Jesus e muitos outros foram em busca deste conhecimento e o encontraram. Eles viveram essa aventura, e por isso suas vidas são tão mitificadas pelos seres humanos que não embarcaram na jornada. Eles não conseguem compreender de onde surgem aquelas coisas que esses homens viviam e falavam.

Platão, que foi discípulo de Sócrates (Sócrates... Aquele exótico homem que dizia: "conhece-te a ti mesmo, assim conhecerás o segredo dos Deuses e do universo"), pregava a existência de dois mundos: um mundo sensível e um mundo ultrassensível. Ele contava que o mundo sensível era o mundo formado pelas ilusões e pelas imagens, onde a maioria dos homens estavam como prisioneiros; mas que havia o mundo ultrassensível, que era o mundo verdadeiro, espiritual, e que para chegar nele era preciso atingir o verdadeiro conhecimento através de uma conduta contemplativa. Por contemplativa, ele queria dizer investigativa.

Todos esses homens tinham algo absolutamente em comum: eles empurravam os homens que estavam em busca dessa aventura a olharem mais para si mesmos, esquecendo o mundo que conheciam até então e fazendo um intenso mergulho para dentro do ser. Os homens mais antigos (Sócrates - Platão) chamavam esse mergulho de "introspecção". Buda já o chamava de meditação. Jesus costumava falar em "vigiar", ficar atento, o que possui a mesma conotação significativa.

Essa é a aventura: mergulhar para dentro de si mesmo com toda a força que você puder. Abandonar o mundo de imagens que você conhece até então e mergulhar no espaço escuro dentro de você em busca do verdadeiro significado das coisas.

Platão ainda dizia que a alma do homem possui uma carga de conhecimento que ela vai acumulando de vida para vida, e que a cada nova vida esse conhecimento era obscurecido, fazendo essa existência parecer a única que aquela alma trilhou. Ele contava que esse mergulho intenso do homem para dentro de si mesmo faria-o resgatar esse conhecimento impresso na alma e obscurecido nessa vida atual, e que isso era atingir o conhecimento verdadeiro, o conhecimento ultrassensível, transcendental.

Esse é o significado do "Mito da Caverna" proposto por Platão. Sair da caverna onde todo o conhecimento lhe é revelado por imagens externas para descobrir a vida que existe fora da caverna e que você, cego pelo conhecimento fornecido, não está tendo ciência da existência.

Essa aventura tem dois lados: ela começa para dentro - o descobrimento - e depois caminha para fora - a revelação. É a maior aventura que o ser humano pode conceber. É uma aventura mágica e misteriosa, que concede um grande propósito ao homem que a trilha.

Depois do descobrimento, quando entrar na revelação, ou seja, depois de ter caminhado para dentro e essa caminhada começar a migrar para fora; as pessoas poderão até acreditar que você é um bruxo, um gênio, ou até que tem pacto com Deuses ou demônios. 

De onde vem isso que ele fala? De onde ele tira tanto conhecimento? Tanta criatividade? Tanta inteligência? Como ele faz isso?

Bom, isso é algo que só quem mergulha pode compreender. É algo que está intrínseco à natureza humana só que o homem não vê. Enquanto o homem não faz o mergulho, para ele, esses seres que o fizeram serão sempre mitos.



~ * Palavras que saíram da Boca * ~
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