!

!

domingo, 14 de dezembro de 2014

O que são os anjos?



Um anjo é alguém que está um pouco à frente do homem comum, espiritualmente falando. As suas asas - representadas nas costas como os pássaros - não são físicas, são espirituais. É a mesma coisa da coroa em cima de sua cabeça, também é uma representação espiritual.

As asas significam que o espírito de um anjo não está preso à carne, então o seu espírito pode decolar. Não estar preso à carne não quer dizer que o espírito pode sair do corpo. O espírito fica no corpo, pois eles estão unidos. Mas a visão do espírito não precisa necessariamente estar presa ao corpo, ela pode ir além dele. É aí onde o anjo está, e ter essa visão capacitada de ir além do corpo físico é o significado de não estar preso à carne.

A coroa de um anjo representa essa visão. Na verdade está representando o estado de iluminação do espírito, mas a iluminação dele acontece quando a visão foi além do corpo.

Os anjos muitas vezes são representados com espadas, e isso também é uma representação espiritual e não física. A espada de um anjo está representando a "Espada da Verdade", que significa a força de verdade que têm as palavras que saem da boca de um anjo; uma força que as palavras dos homens comuns não possuem.

Um anjo é alguém que de forma espontânea movimenta e impulsiona as pessoas ao seu redor a também evoluírem os seus espíritos, fazendo as suas visões saltarem para além do corpo. Isso é algo absolutamente natural e não há como ser diferente. Se o anjo está vivo, se fala e respira, esse empurrar acontecerá inevitavelmente e de forma espontânea. 

O anjo está vendo o mundo a partir de outro plano (espiritualmente falando), então sempre que abrir a boca falará a partir de lá. Mesmo se o anjo ficar calado, sua energia, também de lá, estará sendo irradiada a partir dele e tocando sutilmente os corpos ao redor.

O anjo é um agente de mudanças, de evolução, de transformação. Mas o anjo não é um missionário. Ele não está seguindo uma missão, objetivo ou coisa do tipo. Ele tem uma intuição que o guia e percebe que o seu caminho está associado a uma força que está além do controle dele, mas ele não sente estar executando uma missão... Ele sente estar apenas vivendo.

Um anjo é alguém comum, que está vivo e vivendo a sua vida. O que acontece é que o seu espírito evoluiu. Então a sua passagem comum pela terra acabará sem querer empurrando outros espíritos a também evoluírem.




~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

O Cristo Mito e o Cristo Verdade



Há dois cristos, e é preciso diferenciá-los com bastante precisão para não confundir as coisas. A ambos são dados o mesmo nome, mas são coisas completamente diferentes. 

Há o cristo mito, preenchido de tradições as quais você deve seguir e acreditar a ponto de se comunicar com ele. É um amigo imaginário. Pode ser bom ter esse amigo imaginário, pois ele ajuda pessoas carentes a confortar as suas dores e evitá-las. O cristo mito foi criado pela igreja e não possui nada de espiritual.

O problema do amigo imaginário é que ele não impulsiona o ser a uma verdadeira revolução. Ele estagna o humano. Ele amacia a ignorância, pois assim o ser permanece manipulável e aceita facilmente o seu destino. 

Para quem deseja permanecer ignorante e não se incomoda com isso, talvez seja bom ter o amigo imaginário, pois ele vai escondendo do homem a sua verdadeira realidade. O amigo imaginário não se importa com o que você faz. Você pode ser um pecador, pode continuar ignorante, cometer erros sem nunca concertá-los e sempre poderá voltar ao amigo imaginário. Não há condições do cristo mito ser crucificado. Isso é uma contradição, porque ele é muito manso.

O cristo verdade é algo completamente diferente do amigo imaginário. Ele não permite que você permaneça cego, ele puxa a sua venda. Ele te dá um tapa na cara para você acordar. Ele te faz enxergar a sua ignorância.

O cristo verdade é um impulso de evolução. Ele não é caridoso, não passa a mão na cabeça para ninar. Onde há mentira, ele não acaricia. Ele mostra a verdade mesmo que doa. A verdade precisa ser vista, pois só ela salva a vida e a liberta do ciclo de dor. O cristo verdade é cheio de rebeldia, pois ele enxerga toda a mentira e conhece o caminho real. É isso que o leva a ser crucificado.

É preciso saber diferenciar os dois precisamente. Quem busca evoluir o seu espírito vai atrás do cristo verdade. Quem quer apenas ser amaciado e aceito ignorante vai atrás do cristo mito.

O cristo verdade jamais te aceitará ignorante. Ele irá negar você, dirá que nunca te conheceu e que não sabe quem você é. Ele dirá que você não é parte da família dele; seja você pai, irmão, filho ou tio.



~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

Você é um Rei



Você é um Rei. Não perca essa oportunidade. Vá fundo, mergulhe no seu submundo e encontre o tesouro. Ele está lá escondido, não é privilégio de um ser ou de outro. Ele está acessível a todos, mas poucos vão atrás.

Não há desculpas para você viver como um mendigo. Antes era difícil de se acreditar, parecia loucura, insanidade de um homem ou de outro. Mas hoje burrice é não acreditar, porque existem milhares de pessoas que já falaram sobre isso e muitos hoje estão inclusive cantando essa verdade.

Você não tem vontade de ser um Rei, de ser um referencial em sua geração? De ser uma luz para todos, de ser um fornecedor? Você carrega exatamente isso lá dentro! Você também tem a luz, a fonte mágica, o milagre do eterno. Ela é mágica mesmo. Ela desenvolve talentos de onde nada existe.

Só depende de você. Os que chegaram lá não param de convidar e de falar sobre. Eles estão aqui para te conduzir, para te mostrar o caminho. São mensageiros iluminados por aquela luz. Eles trazem a chave e mostram a porta. É a própria luz fazendo o convite, então ela ilumina a direção se você abrir os ouvidos e escutar.

Os que falam de lá removem grande parte do seu esforço. As palavras deles têm uma gravidade, um poder. Se você abrir o peito a elas, elas te transformam. Elas te puxam, te empurram, te arrastam diretamente para a luz.

Sim, há um momento de escuridão, mas não é esse tal bicho de sete cabeças. É confuso e perturbador, mas é uma experiência indescritível. Há um mistério envolvido nessa escuridão e mesmo no cruzamento dela já se começa a presenciá-lo. Essa escuridão te molda, te fornece uma bagagem. 

Os que já a atravessaram não permitirão que você caia, basta permanecer perto deles durante a travessia. Eles estão aqui como suporte, como mão amiga, auxílio nessa passagem. Eles são como farol. São servidores. 

Depois da travessia a escuridão não te atormentará mais. A luz é o que eles chamam de pedra filosofal, dela retira-se um elixir eterno. O elixir cura tudo.

Seja inteligente e renda-se ao trabalho deles. Sua vida será transformada de água para vinho, de sal para açúcar, de abelha para mel. Você é um Rei, essa é a verdade. A vida está aqui para você gozar dela. Menos que isso é viver uma vida falsa. Vá atrás da vida real.




~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O Observador da Mente: o homem sábio


Torne-se um observador da mente, de forma integral, não perca nenhuma oportunidade. Todas as emoções são oportunidades, da alegria à tristeza.

Se estiver triste, observe como a sua mente reage a esse estado de tristeza. Se estiver com raiva, observe os pensamentos que surgem na mente quando você está com raiva. Observe como ela julga as coisas em cada "clima" diferente em que ela entra.

Se seguir assim, logo estará com uma nova compreensão do que é a mente. Essa compreensão te trará um modo mais sábio e inteligente de viver. Você não cairá mais em armadilhas tolas.

Não se engane, 80% do mundo está caindo em armadilhas tolas. É por isso que o mundo está do jeito que está. 

Seja mais um exceção da regra e nos ajude a curar o mundo.



~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

O Homem de Pedra



Ele estava dando uma caminhada pela areia da praia, chutando pedrinhas cabisbaixo, como vinha andando nos últimos dias...

Ele pintava quadros e eram belíssimas pinturas. Não eram pinturas comuns... Elas tinham um significado, uma mensagem, e ele sabia disso. Ele sabia que tinha um precioso talento e que poderia ajudar milhões de pessoas com ele.

Mas ele estava decepcionado com a vida. Ele colocava todo o seu coração em suas pinturas e sempre quando ia mostrá-las cheio de esperança para os seus amigos e familiares... Nenhum deles reconhecia o seu talento. Era como se ele nada estivesse fazendo. Isso o deixava bastante magoado, decepcionado e triste...

Mesmo assim ele continuava seguindo em frente e pintando os seus quadros, porque era de total coração. Mas estava se sentindo a cada dia mais sozinho e surrado com a falta de reconhecimento.

Ainda caminhando pela areia da praia, subiu numa margem rochosa e começou a andar descalço por cima de pedras, circundando à volta da base de um desfiladeiro.

Caminhando algumas centenas de metros para distante, encontrou uma sombra em um local onde não havia ninguém por perto. Sentou-se sobre um bloco de rocha e não conseguiu mais conter-se: o choro se desprendeu.

Após alguns minutos assim, pedaços de rocha caíram do topo do desfiladeiro e colidiram ao chão. Logo em seguida outros pedaços de rocha começaram a cair por cima dos primeiros, formando um morrinho de pedras.

Quando cessaram de cair, os pedaços de rocha do morrinho começaram a se movimentar e a se encaixar uns aos outros. O garoto observava um pouco assustado, esquecendo-se até de suas tristezas.


As pedrinhas se movimentando pareciam estar desenhando um homem... Sim, era isso mesmo... Elas formaram um homem de pedra baixinho que deveria ter um metro e meio de altura.

Aquele homem de pedra deu um longo bocejo como se estivesse acordando agora mesmo de um sono profundo.

O garoto observou aquele homem de pedra sentindo uma ligeira familiaridade...

- Papai? - Perguntou o menino desconfiado.

- Oi, meu filho... - respondeu o homem de pedra agora caminhando para mais perto do garoto. A voz dele ecoava ao som de milhares, como se fossem centenas de vozes em uma só. Mas não era assustador, emitia um conforto...

O homem de pedra chegou ao lado do garoto e sentou-se sobre o mesmo bloco de rocha.

- Filhinho - disse o homem de pedra -, você não deve entristecer-se assim.

- Como não? - Retrucou o garoto se sentindo nada esperançoso. - Ninguém me compreende, ninguém me reconhece. Parece que apenas eu me vejo. Estou sozinho num mundo estranho...

- Meu querido, não é bem assim - respondeu o homem de pedra em tom compassivo. - Você está fazendo um ótimo trabalho, nós estamos bastante orgulhosos de você.

O garoto deu um longo suspiro.

- Eu agradeço o reconhecimento de vocês - disse ele -, de verdade, mas não vejo como isso pode me ajudar aqui. Eu continuarei sozinho enquanto eles não me reconhecerem...

O homem de pedra abriu um sorriso.

- Filho, nós já conversamos sobre isso... Você precisa esperar mais um pouquinho...

- Esperar para quê? - Devolveu o garoto sem paciência. - Nós conversamos, é?

- Ah, você já esqueceu - disse o homem de pedra com um riso amigável. - Lembra do homem de barba do campo?

- Sim, eu me lembro - respondeu o menino.

- Você se lembra do que ele contou sobre os profetas?

- Sim... Que um profeta só não é estimado em sua própria pátria, entre os seus parentes e em sua família - respondeu o garoto. - Tudo bem, mas não vejo como isso se aplica a mim...

- Filhinho... - disse o homem de pedra em tom suave. - Um profeta não é somente alguém que fala de Deus, que diz profecias, que prevê o futuro ou quando o mundo vai acabar ou não. Muitos que o fazem não são profetas. Profeta é todo aquele que trabalha para a luz e não para o mundo, ou para os outros, ou para si mesmo.

- Ai - o garoto deu um gemido de dor levando a mão à cabeça e tapando os olhos -, toda essa estória já me deu muitas dores de cabeça...

- Então quanto tempo eu ainda tenho que esperar? - Perguntou destapando os olhos e dirigindo o olhar novamente ao homem de pedra.

O homem de pedra não estava mais lá. Havia desaparecido.




~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Seja você mesmo a sua luz



A cada ação, fique atento ao que ela desperta dentro de você. Podemos passar a vida inteira repetindo um mesmo erro, ficando assim presos em um círculo. Uma simples atitude investigativa poderá mudar todo o percurso das próximas páginas.

Não é um sábio, um livro, ou alguma divindade que te ensinará como viver em paz. É você mesmo quem aprende esse caminho através de sua própria experiência individual. Isso é bom, pois desse jeito essa lição ninguém poderá retirar ou contestar de você.

Então adquira um olhar crítico pessoal. Baseie-se em sua própria experiência e esqueça a experiência do outro ou o que ele diz ser correto. O certo para ele pode não ser o certo para você. E não tenha medo de errar, porque é justamente pelo erro que aprendemos o acerto. É o único meio.

Se algum ato o trouxer uma sensação ruim, não repita a mesma ação e estará progredindo. Esteja sempre alerta. Perceba que existe uma relação imediata ação-resposta. Algumas atitudes te trazem insegurança, um deserto, um escuro e uma dor. Outras ações o preenchem, o trazem paz, conforto e segurança.


Não se preocupe com a lógica, certas coisas não têm lógica mesmo. Conversar com aquela pessoa não te faz bem, e não tem um porquê, simplesmente é assim. Já conversar com aquela outra pessoa te faz bem e também não tem um porquê.

Preste atenção a isso e escolha a direção que quer seguir. Como disse o velho Buda: "seja você mesmo a sua luz."



~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

A Magia que vem da Verdade



Quando algo vem da verdade, você pode sentir um poder, um clima; é meio diferente, envolve você e te toca. Isso é o que chamamos de Magia: é o poder da inteligência natural.

Você não pode criá-la de acordo com a sua própria vontade, mas você pode permitir que ela brilhe através de você. Você pode se tornar um canal dela. Para isso você precisa renunciar a si mesmo e deixar a Magia te conduzir.

~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

A Ovelha Negra



"Toc, toc, toc..."

- Já vai!!!

~ * ~

A frestinha da porta abriu exibindo aqueles brilhantes olhos castanhos.

- Problemas... - disse o menino para aqueles olhos.

A frestinha fechou e logo em seguida veio o barulho da corrente sendo desamarrada.

O mago abriu a porta para o menino entrar.

O menino atravessou-a e então veio aquela velha sensação de estar em outro lugar... Sempre que ele entrava na torre do mago o lugar estava diferente. Às vezes a mobília estava totalmente trocada de posição, outras vezes apenas algumas peças; mas sempre diferente.

- Por que isso aqui nunca está do mesmo jeito? - Perguntou o menino ao mago.

- Ah, é que eu nunca estou no mesmo lugar, entende? Então a mobília acaba acompanhando... Sai de dentro... É um reflexo do interior... - respondeu enquanto juntava as pontas da corrente e batia o cadeado.

- Vamos - disse o mago caminhando pela sala -, fique à vontade. Eu estava terminando aquela coisa... Mas depois eu continuo - disse juntando as peças que estavam sobre a mesa e colocando-as de volta numa caixa.

O menino foi andando e sentou-se na poltrona.

- Quer alguma coisa?! Água? Um biscoito?

- Não, estou bem - respondeu o menino. - Estou apenas precisando conversar...

- Um segundo...

O mago foi até a outra salinha da torre e veio de lá carregando uma sacolinha... Depois puxou uma cadeira e a arrastou para perto do garoto. Logo em seguida sentou, enfiou uma mão dentro da sacolinha e tirou de lá um salgadinho, cruzando as pernas e levando o salgadinho até a boca...

- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou ao menino.

- Não exatamente... - respondeu meio confuso. - É que estou me sentindo estranho...

- Como assim? - Perguntou o mago.

- É que, sabe... Eu sou estranho - respondeu com um tom meio triste.

O mago olhou para ele como se ele tivesse dito alguma bobagem. Então disse:

- Eu já disse que você é um garoto muito especial e inteligente...

- Não, é sério - insistiu o menino. - Eu sou mesmo estranho.

- O que você quer dizer?

- Ah, sei lá... Eu tenho vontade de fazer coisas diferentes, de me vestir diferente... E ninguém é assim - respondeu. - Sempre que estou com outras pessoas eu me sinto um estranho, como um peixe fora d'água, sabe? Como se eu fosse um extraterrestre, alguém de outro mundo... Isso faz eu me sentir muito mal... Eu sinto que as pessoas me julgam.

- Mas você é mesmo estranho, todo mundo é - contou o mago.

- Ah, você não está me entendendo - disse o garoto desapontado.

- Eu estou sim - retrucou o mago. - Olha... Ser diferente não é um mal sinal, pelo contrário, é sinal de que você está sendo honesto consigo mesmo. Todo mundo deveria ser um estranho, alguém totalmente diferente da massa; mas por que parecem todos iguais?... Porque ninguém tem coragem para sê-lo. Poucos são corajosos para ser o que eles são lá no fundo, porque todos sabem que no fundo são estranhos. Todos sabem que há um risco em ser aquele estranho, então ninguém o é...

- É isso o que eu mais admiro em você - apontou para o garoto -, e talvez seja isso que tenha nos dado afinidade... Ambos estamos sendo aquele estranho. Por isso é comum que nos julguem, é um tipo de autodefesa.

- Autodefesa? Como assim? - Perguntou o garoto.

- A maioria sofre por não ter coragem de ser o estranho, por não ter coragem de ser totalmente verdadeiro e congruente com a sua real natureza mais íntima; porque isso faz o coração nunca ficar inteiro. O coração chora por não poder ser verdadeiro e isso leva muito sofrimento ao corpo. Talvez as pessoas não saibam disso... Mas quando elas vêem alguém sendo verdadeiro consigo mesmo, quando elas vêem alguém tendo essa coragem de ser o estranho; há um ressentimento que entra em questão. Mas isso vem de uma dor, é sofrimento...

- Esse ressentimento - continuou o mago - faz o julgamento vir à tona. É uma forma de se defender, entende? É como se isso confortasse a própria dor de não estar sendo aquilo também...

- Faz sentido - disse o menino.

- Alguém que opta por ser o estranho - prosseguiu o mago -, por ser honesto com o próprio coração; está correndo um risco em relação à massa, porque será rejeitado por ela. Isso é física: ação e reação.

- Mas somente aquele que está correndo este risco pode ser feliz, porque somente a ele é aberto um caminho para encontrar o seu lugar. 

- Enquanto a massa não está sendo honesta, apesar de não parecer externamente, ela nunca se sente em casa. Está sempre incompleta, meio que perdida, entende? Ninguém está vivendo a sua verdade, então como eles poderiam encontrá-la?

- Aqueles como você - o mago apontou para o garoto -, carregam esse fardo... O fardo de ser a ovelha negra em relação à massa. Isso dói um pouco... Eu sei, porque eu também sou a mesma ovelha negra. Mas somente a nós é dado a oportunidade de encontrar pessoas verdadeiras, porque somente nós estamos sendo verdadeiros. Um atrai o outro. É um risco que vale a pena correr.



~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Evite Máscaras



Quando for se relacionar com alguém seja você inteiramente, jamais tente ser alguém diferente. Mesmo com medo de a pessoa poder não gostar de quem você é verdadeiramente, não use máscaras, faça até um esforço para mostrar o seu lado verdadeiro.

Se você for diferente para agradar a pessoa, impressionar ou qualquer outra coisa; se meterá numa grande enrascada. Você entrará numa armadilha que você mesmo criou.

Você vestiu uma máscara que agradou, então a pessoa gostou de sua máscara. Isso fará você tender a usá-la novamente. Quanto mais o tempo passar, mais difícil será para você parar de usar a máscara e ser verdadeiro.

Não use máscaras, não tente agradar. Se a pessoa não gostar de você do jeito que você é, a vida saberá o que está fazendo. A vida te conhece. Ela sabe bem quem você é. Se há uma correspondência verdadeira, você precisa primeiro ser verdadeiro para que este evento possa realmente acontecer.


~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

Do Carbono ao Diamante



Ele era um simples amontoado de carbono, indiferente, igual a todos os outros amontoados de carbono. Por estar constantemente se comparando e buscando não ser diferente de um simples carbono, o carbono mantinha-se inlapidado.

Sem nenhuma especialidade, sem nenhuma qualidade de precioso, o carbono aos poucos foi ficando triste. A vida do simples carbono aos poucos se tornou intemperada. Todos os dias o carbono vivia a mesma coisa, encontrava outros carbonos, e parecia que viveria assim até o fim de sua vida.

Esse pensamento limitado tornou-o um ser a cada dia mais depressivo. A vida do simples carbono perdeu o sentido. Não havia nenhuma novidade, nenhuma grande realização, nenhuma grande conquista e nenhum desafio. O carbono, se sentindo mais um na multidão, esmoreceu-se por completo. Seu olhar perdeu o brilho, o seu corpo perdeu a luz...

O carbono possuía verdades escondidas no seu peito, mas nunca houvera tido coragem de expô-las. De alguma forma, ele sentia que expor a sua verdade seria um enorme perigo. Expor a sua verdade significaria se destacar da multidão, de forma positiva ou negativa, ele não sabia, mas sabia que expor a verdade seria se tornar alguém único. Todo mundo notaria a sua presença. Ele sentia um enorme temor em ter a sua presença notada.

Vivendo anos sem vida, na rotina sombria, o simples carbono passou a desejar a morte. Todo o sentido havia se esvaído, não havia por que continuar vivo. Sua experiência tornara-se negativa. Tudo possuía mais vida do que ele e ele era um mero ser inútil.

Cansado da dor e do sofrimento, o carbono foi aos poucos se tornando introspectivo e distante do mundo. Acidentalmente, em visão das circunstâncias em que caíra, ele passou a olhar mais para si mesmo. Olhando para dentro e a partir desse sentido para fora, o seu sofrimento foi ganhando um aspecto de revolta. Ele sentia que nem suicídio poderia cometer, que não tinha esse direito porque iria magoar os outros. Ele não estava vivendo e também não podia se matar. A rebeldia em seu peito foi progressivamente crescendo.

Com o progresso de sua rebeldia, a opinião alheia passou a interferir menos nos seus processos mentais e aquela verdade que a muito havia sido escondida no peito começou a chamar a sua própria atenção. Por que não vivê-la? "Foda-se o mundo." Era assim que ele pensava.

O carbono passou a expor a sua verdade. No começo, de forma bastante tímida, porque nas primeiras exposições ele já recebia críticas; tanto dos familiares quanto dos amigos. Ninguém queria que o carbono se tornasse alguém diferente. As pessoas tentavam fazer com que o carbono retornasse a ser alguém comum, igual a todos, como era antes de "pirar". Só que o carbono não se importava mais com isso. Sua experiência havia chegado ao limite.

Quando começou a expor a sua verdade, a vida do carbono, antes seguindo o mesmo ritmo de suicídio lento, foi adquirindo desafios e novidades. As pessoas o criticavam, o chamavam de louco; e algo mexia dentro dele com tudo isso. Sua verdade ficava mais conhecida pelo seu ser, sua rebeldia mais segura... Ele estava sendo desafiado por forças absolutamente contraditórias. Sua depressão foi perdendo ibope, pois a sua vida, apesar de estar se movimentando agitadamente, estava se preenchendo de desafios que o instigavam a seguir em frente e se fortalecer.

A verdade do carbono foi ficando mais forte à medida em que era exposta. Quando o movimento de sua verdade foi se dirigindo para fora, não havia mais volta. O impulso crescia a cada dia mais, ficava mais forte. Ela foi sendo combatida e pressionada em todas as direções. Quanto mais a sua verdade vinha para a sua vida, mais as pressões opostas a ela pareciam surgir.

Chegou a um momento em que o carbono e a sua verdade não poderiam mais ser distinguidos. Tudo o que ele trouxe lá de dentro se tornara o que ele era. Isso significa que toda a sua vida passou a ser vivida à partir de sua verdade, então toda a sua vida passou a sofrer pressão externa. Ele vivia numa constante zona de pressão e insegurança.

Com tantas forças pressionando o carbono, ele chegou a um ponto crítico. Sua pele começou a mudar, suas emoções se tornaram poderosas. Seus olhos, expostos a tantas experiências, ganhou um brilho. O carbono estava plenamente seguro de si mesmo. Nenhuma força opositora poderia interferir mais em sua experiência.

O carbono teve uma estranha surpresa: sua estrutura interna havia sido rearranjada. O carbono constantemente exposto a tantas pressões, se transformou. Ele não era mais um simples carbono, havia se tornado um ser precioso. A pressão constante havia transformado o amontoado de carbono em um diamante encantador.



~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A Habilidade de Ser Você Mesmo



Nada na vida exige mais coragem do que ser aquilo que você é no seu mais íntimo, e também nada na vida possui a capacidade de te trazer mais alegrias. Na verdade, a habilidade de ser quem você é é até mais valiosa do que ter milhões de dólares, e estou certo em dizer também que é até mais difícil de se conseguir.

Ter um milhão de dólares não é lá grande feito. O caminho é simples: basta você sacrificar a sua vida com ambição e esforço que você chegará lá. Talvez chegue com um câncer ou com alguma outra doença séria, mas terá o seu milhão.

Agora, para ser quem você é não é tão simples quanto parece ser... Será a maior aventura de sua vida. Será como enfrentar o Voldemort de Harry Potter. Você enfrentará o monstro mais aterrorizante que se pode encontrar: seus medos. Confie em mim quando digo "aterrorizante", é como enfrentar um dragão que cospe fogo.

Ser qualquer coisa que não você, é fácil, não há nenhum medo envolvido. Mas por que será que para ser aquilo que o seu coração deseja tanto ser há tanto medo?

Perceba... Se você vestir uma máscara e eu disser que ela é horrível, isso não te afetará em nada; basta você retirá-la. Mas se você estiver sem máscaras e eu disser que o seu rosto é horrível, isso te machucará profundamente porque aquilo é o que você é e que não poderá mudar. É por isso que se veste máscaras, é mais seguro. Porém, muito se perde sem saber e isso traz um profundo sofrimento ao corpo que o conduz a reagir com patologias. É nesse lugar onde a maioria se encontra.

Ser quem você é totalmente te tornará absolutamente vulnerável, tão vulnerável quanto uma flor. Repare atentamente a uma flor, veja como ela é frágil. Suas pétalas são delicadas, tão delicadas que qualquer toque parece ser capaz de destruí-las; mesmo a chuva parece ser capaz de destruí-la.

Ser quem você é verdadeiramente te tornará exatamente como a flor e isso parece ser muito perigoso... Talvez seja, mas é satisfatório...

Há uma razão para tudo o que habita no seu coração. Se a verdade dele não é vivida toda essa razão é perdida. Não estamos abandonados aqui na terra, todos nós somos Reis e Rainhas, filhos queridos e amados da natureza. 

A natureza nos quer felizes e saltitantes, e por isso ela tem um mundo inteirinho para nos dar. Nós que, caindo nesse erro de não seguirmos o peito, perdemos tudo o que a natureza tem a nos oferecer. Então caímos no abandono... Mas foi escolha nossa.

Se a vontade do peito é seguida, talvez seja um caminho tortuoso, mas isso só é verdade no começo... Com o tempo, dando ouvidos cada vez mais, essa verdade de que somos filhos da natureza começa a ser vista, porque a conexão com ela é resgatada.

O ser começa a ganhar o brilho da flor, a determinação do leão, a beleza da manhã, o amor de um cão, a intuição de um gato, o mistério da noite... Porque ele é parte disso tudo.

De volta aos braços da vida, ela pode se comunicar com você, porque você agora tem ouvidos para ela. Pode ter certeza, nenhum ser é tão abençoado como o ser humano, porque o humano é o Rei. Como todo Rei, seus amantes lhe presenteiam com tudo o que há de bom. No caso do humano, a natureza é o amante. Você já reparou no tamanho dela? Olhe para cima... Até onde você acha que vai o céu?



~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

O Medo de Perder



O homem comum tem medo de perder o que tem. O homem comum batalhou por cada coisa, foi tudo fruto de seu trabalho árduo e duro. Ele trabalhou para ter e agora trabalha para manter. Ele está segurando nas coisas.

O homem que transcendeu o fez entregando tudo o que tinha. Ele ficou vazio, sem nada. Tudo o que ele sentia ser dele ele entregou para o além.

Quando isso aconteceu - quando cruzou o vazio -, o homem que nada tinha começou a ganhar coisas. Tudo o que ele ganhava era fruto do seu nada ter.

O homem que transcendeu não tem medo de perder. Ele tem a verdade, é a verdade quem lhe dá coisas. O mundo poderá levar o que ele tem, mas nunca poderá levar a verdade. A verdade continuará carregando ele no colo e lhe dando mais coisas.


~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Os Prazeres do Céu



Migrar do plano terreno para o plano celestial faz você migrar também em nível de experiência. Os prazeres do plano celeste são incomparavelmente maiores do que os prazeres do plano terreno.

Por isso que as chances de alguém do plano celeste se render a vícios são muito menores do que as chances de alguém do plano terreno.

Para alguém do plano terrestre, a experiência diária não traz grandes prazeres. Ele vive uma experiência tediosa, então ele necessita de algo que o estimule. Quando ele faz uso de algumas substâncias, elas o dão um prazer fenomenal. Ele não sentia prazeres tão grandes, então ele é seduzido pelo prazer.

Para alguém do plano celeste, a experiência diária é rica em magia. Ele vive uma vida prazerosa, e esse prazer ocorre particularmente dentro dele e tem pouco a ver com as coisas da terra. Quando ele faz uso de substâncias, ele pode até se divertir. Mas ele não é seduzido. Elas não acarretam em grandes diferenças assim, pois o prazer que ele vive em sua magia já é maior do que o prazer que qualquer química poderá proporcionar. Ele está livre mesmo da sedução do crack.


~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.

O Homem Verdade



Ele era um menino bem maluquinho, anormalmente incomum. A cada hora ele aparecia com uma loucura diferente, ninguém conseguia compreender. Sua família acreditava que ele era doido, que devia buscar tratamento. Seus colegas o criticavam.

Se fosse descrever as suas loucuras, um livro poderia ser escrito sobre o menino. Teve anos em que ele dizia ser um anjo, um enviado de Deus para solucionar o problema da terra. Ele contava que o universo estava preparando a sua chegada, que a sua vinda foi profetizada. Contava que alguns filmes falavam sobre ele, que profetas falavam dele, que profecias antigas falavam dele. As pessoas achavam isso completamente insano, mas a opinião alheia parecia não interferir em sua experiência...

Em outra fase, o menino afirmava ser um mago e contava que as pessoas eram cegas porque a magia era real e elas não a viam. Ele começou a falar de magos e a descrever magos antigos. Ele falava da magia como se ele fosse o dono dela. Ele contava que poderia mudar as pessoas com a sua magia, e que a magia era o amor alquímico.

Anos depois, ele começou a falar que era um gênio, que entendia a mente. Ele contava que tinha um sexto sentido, que podia ver o espírito das pessoas, que poderia ler as suas intenções sem nem mesmo elas dizerem. Ele alegava estar além do físico, dizendo que poderia ver as pessoas mesmo à distância.

Logo depois, o menino começou a dizer que era um Rei... E essas maluquices prosseguiram durante toda a sua juventude.

Apesar de as pessoas acreditarem que ele era louco, ele tinha certeza absoluta de que não era e afirmava isso. Com o tempo, as pessoas começaram a aceitar a ideia de que talvez ele não fosse louco, mas a dúvida sempre existiu. 

Como é que um louco poderia ter um rendimento excelente? Criar coisas inteligentes? Tirar boas notas? Ser um destaque nas turmas em que estudava?

Como é que um louco poderia ter boa aparência? Ser bem cuidado? Como é que um louco poderia ser compreensível e amável? Sensível e honesto? Não fazia sentido.

Outra curiosidade que despertava as pessoas era que, apesar de parecer insano algumas vezes, tudo o que o garoto dizia fazia certo sentido. As loucuras dele convergiam em um ponto. Suas palavras se encaixavam. Sua loucura tinha um sentido lógico, mesmo que surreal.

Quando o garoto fez sessenta anos, suas loucuras haviam reduzido um pouco de intensidade. Ele, brincando, ainda contava que era um anjo, um gênio, um mago e um Rei... Mas não havia mais um impulso para falar sobre isso. Ele agora parecia mais normal.

Nessa idade, aquele homem possuía uma paz quase mágica. Todo mundo que se aproximava dele sentia um conforto. Estar na presença daquele homem acalentava o coração. Ele era calmo. Ele tinha um amor forte e seguro. As pessoas encontravam-se com ele apenas no intuito de ficarem em silêncio em sua presença, descansando do mundo ali...

Os colegas que o criticavam na juventude começaram a ter problemas nessa idade. Alguns demonstravam traços neuróticos. Alguns tinham acessos de raiva, surtos de depressão. Outros tinham obsessões sexuais; pensavam em sexo e falavam disso o tempo todo, chegava até a ser meio nojento. Outros se tornaram coroas chatos, exigentes; que ficavam pegando no pé dos filhos e dos netos. Outros começaram a demonstrar traços de loucura, de psicose... Distúrbios patológicos...

A paz daquele homem que era chamado de louco em sua juventude começou a passar de boca em boca e a ficar conhecida. Alguns de seus colegas de juventude, curiosos e buscando a solução para os seus problemas, iam até os aposentos do homem para ver o que é que tinha demais na tão falada presença dele. As pessoas estavam contando que a presença daquele homem possuía poderes de cura. O homem contava a eles:

- Olha, hoje eu sou assim porque eu sempre fui fiel à minha alma. Eu tinha plena noção de que algumas coisas que eu dizia eram meio "doidas" mesmo, mas o que eu poderia fazer? Era a minha alma que estava me contando, então eu me sentia no dever de ser fiel a ela e viver a sua verdade.

- Nada do que eu falava e que faziam vocês me chamarem de louco era inventado. Tudo aquilo foi a minha alma quem me revelou, e eu apenas permitia que ela se expressasse honestamente. Talvez fosse por isso que fizesse tanto sentido...

- Naquela época, todos me chamavam de louco. Mas eu em minha experiência particular reparava que loucas eram as pessoas. Eu era meio "sonhador", meio "lunático"... E minha mente era meio "pirada"... Às vezes parecia ter um defeito na lógica dela. Para falar a verdade, minha mente sempre me pareceu meio doida, mas eu sempre me mantive separado dela. Eu via o seu funcionamento, e, mesmo às vezes parecendo não ter sentido, eu permitia que ela fosse do jeito dela. Eu cuidava dela como se cuida de um bebê. Eu a dava suporte.

- Eu reparava que apesar de me chamarem de louco, as pessoas que me chamavam eram quem pareciam ser. Elas machucavam umas às outras. Elas não sabiam amar. Estavam cheias de ódio, de desgosto e de mágoas. Elas colocavam energia em coisas que não tinha sentido nenhum para mim, como ofender uns aos outros e atacar com palavras. Ou como falar mal das coisas, do universo e das pessoas.

- As pessoas me chamavam de louco, mas eu sempre reparei que eu era mesmo é inteligente. Eu mantinha paz. O louco estava em paz e as pessoas normais não. Isso está certo? Não, creio que não...

- O que aconteceu é que eu sempre permiti a minha alma realizar as suas próprias fantasias. Eu busquei ser fiel à sua verdade e permitir que ela se expressasse de forma transparente a vida inteira. Eu cuidava de minha alma como uma mãe cuida de seus filhos. Eu a tratava com muita fidelidade.

- Isso quer dizer que eu não me reprimia, de jeito nenhum! Pelo contrário, eu me permitia. Com o tempo, meu corpo foi ganhando uma paz crescente. Todos os desejos de minha alma eu estava satisfazendo, então ela foi entrando num descanso profundo.

- Vocês estão cheios de neuroses porque vieram reprimindo as próprias fantasias de vocês. Agora, velhos, toda aquela repressão começou a tomar forma no corpo e viraram patologias.

- Diferente de vocês, hoje a minha alma descansa. Quando eu era jovem, ela queria gritar, então eu gritava. Ela queria se fantasiar, então eu me fantasiava. Ela queria chorar, então eu chorava. Ela queria contato com pessoas, então eu buscava contato com pessoas.

- Por isso que hoje ela descansa... Ela não deseja mais muitas coisas. Ela já viveu bastante, agora ela está com um sorriso imenso. Você pode senti-la sorrindo quando se aproxima de mim. Essa alegria que eu passo, essa paz, essa tranquilidade; não é magia, não é bruxaria. É a minha alma que está sorrindo.




~ * Palavras que saíram da Boca * ~
.