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quinta-feira, 28 de maio de 2015

A Externalização Desnuda


A externalização é outra porta para a magia. Mas tem que ser aquela externalização sem máscaras, sem distorções. Uma externalização do jeito que a coisa é e apenas assim. Se você externaliza seus sentimentos, seus questionamentos, usando de uma roupagem neles; eles não se satisfazem e o seu espírito acaba não mergulhando para as camadas mais profundas. Ele continua na mesma camada, esperando que você seja fiel a ela e a satisfaça. Ele só irá mergulhar mais fundo quando se satisfazer. 

Você é uma sucessão de camadas, de vontades, de desejos de expressão. Como uma cebola. Por fora da cebola, você não sabe que cor tem o centro. Você pode até suspeitar que cor ele tenha olhando a cor das camadas externas e fazendo uma projeção. Só que você nunca saberá se você não descascar uma a uma e finalmente chegar lá.

O mesmo acontece com você. O que tem lá no seu âmago é um mistério até que você cave camada a camada. Você pode suspeitar que cor ele tenha, pode cogitar sobre, mas só vai saber mesmo quando chegar ali. O mais comum é não chegar nem perto. É viver a vida inteira nas beiras, nas camadas, na superfície. O homem não tem coragem de tirar a roupa, de expressar o conteúdo real e desnudo do espírito. É por isso que vive uma vida medíocre, sem nenhuma aventura. O homem sofre por isso. Uma vida que poderia ser toda colorida, acaba rendendo numa vida em poucos tons de cinza. É um desperdício...




~ * Palavras que saíram da Boca * ~
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