- Eu preciso evangelizar, o mundo precisa me ver.
Acalme-se, vai acontecer.
Quem segue esse caminho não é você.
Como folha jogada ao vento;
Como folha jogada ao vento;
O ser segue, sem ansiedade, sem tormento.
Primeiro procure a luz.
É ela quem age, quem conduz.
- Eu preciso divulgar a palavra, o mundo precisa conhecê-la.
O mundo não precisa de nada e você não pode divulgar a palavra.
A palavra é um nascimento, uma mudança que ocorre por dentro.
A palavra é sempre nova, jamais será repetida.
O papagaio não fala a palavra, o papagaio apenas recita.
A palavra não pode ser dita, a palavra só pode ser vivida.
Um livro não é a palavra, a palavra se torna sua vida.
- O mundo está perdido, eu preciso salvá-lo.
O herói impostor, cego que busca amor.
Por trás de uma bela imagem, ele se esconde, escapa da dor.
Quem deseja fazer, é aquele que reza pedindo o que ter.
Fruto de desejo pessoal, não tem olhos, não vê o mal.
Não se pode salvar o mundo, porque o próprio mundo mora em você.
Não há ninguém para salvar, se preocupe apenas em se encontrar.
- Vamos se unir e evangelizar!
Gritos e festa não geram transformação.
O evangelho ocorre na mais profunda solidão.
Quando não há ninguém por perto e o ser está calado,
A pessoa pode ver, consegue ver o seu estrago.
O evangelho é limpeza, retirar os pratos da mesa.
Não é trocar a mobília; é esvaziar, ficar vazia.
- Então, o que é que eu posso fazer?
Você não pode fazer nada, você pode apenas buscar ver.
Quando houver o que chamo de ver, haverá o que se chama de fazer.
Quando estiver vendo, as coisas irão acontecendo.
Não que você as esteja fazendo, você não está fazendo nada.
A palavra se fez carne, você é movido pela palavra.
Sem dogma, sem religião,
Palavras profundas de transformação.
Sem livro, sem condição,
As palavras saem diretas do coração.
~ * Palavras que saíram da Boca * ~
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