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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A Revolta dos Anjos


     Ele desceu do céu e bateu de vez na terra. 
     Pahhh! - Caiu ele agachado, depois de um grande impacto.
     Foi trago à vida no meio do deserto, sem ninguém por perto.
     Foi andando decido em direção à cidade, ele tinha uma missão. 
     Um espírito que nascera lá precisava ser destruído, pois estava afugentando a vida. Estava enviando o espírito da vida para distante.
     Ondas energéticas pesadas estavam sendo enviadas, pelos ventos, de lá, cada vez com mais força, e amedrontando toda a vida ao redor. 
     Eram ondas densas e sutis, que emanavam medo, e estavam levando o medo para toda a vida natural que habitava o planeta. Era óbvio, mas cedo ou mais tarde, a vida iria fazer uma revolta.
     Os seres, separados do espírito maligno e unidos à mãe terra, convocaram um anjo para solucionar o problema.
     Ele desceu vestido em carne humana, mas trazendo o coração da vida mãe.
     Ele fora na frente, mas foi derrotado pelo espírito maligno. O espírito maligno o matou.
     Logo depois, atrás dele, desceram outros cem no deserto, revoltados, novamente com grande velocidade e com um grande impacto. 
     Pahhh! - Chegaram todos de vez.
    A terra tremeu quando eles desceram, eram muitos e seus olhos faiscavam fogo.
    Eles andaram atrás do que desceu primeiro e foram todos decididos, efervescendo, em direção à cidade, destruir a fonte daquele espírito.
     Eles tinham grande energia, grande convicção, grande vontade, grande impulso e grande força. Nada os podia parar, eles tinham a Espada da Verdade.
     Logo que chegaram na cidade, o espirito maligno sentiu uma grande ameaça. Um era fácil, mas cem seria muito difícil de conter.
     Tudo o que os anjos tinham a fazer era trazer à forma aquilo que eles traziam por dentro. Isso faria o espírito da mãe terra invadir novamente a cidade.
     Eles chegavam na cidade, mas o espírito afugentador não interferia na ação deles.
     O espírito da mãe terra que estava neles atravessava o maligno como se eles fossem invisíveis, então o mal não podia agir por intermédio deles e nem afetar o coração da vida mãe que ali habitava. Então eles continuavam sempre firmes, flamejantes.
     Toda vez que eles falavam ou agiam, eles traziam toda a imensidão da terra que carregavam dentro deles e despejava-a para dentro da casca do espírito afugentador. Ele estava nas pessoas, então elas se tremiam como varas.
     Tentavam resistir, mas o poder de dissolução daqueles que pronunciavam as palavras da vida mãe era muito forte. Irresistível.
     Então eles se debatiam forte no começo, com toda a energia deles. Mas a energia da vida mãe ecoava com uma potência arrebatadora, carregando a energia deles para o vácuo, dissipando-as.
     Com o tempo, o espírito afugentador não tremia mais tanto, porque estava sem energia. Então foi aí que ele explodiu.

     A energia estava limpa,
     Não existia mais medo,
     Não existia mais espírito maligno.

     A terra sorriu, pela primeira vez em milênios.




~ * Palavras que saíram da Boca * ~
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