O menino tinha entrado num estabelecimento da cidade - lembrava um bar - e rumores de que uma guerra estava prestes a acontecer começou a agitar aquele ambiente. As pessoas andavam para lá, e para cá, trocando móveis agitadas. Elas retiravam o que propagava o amor, e no lugar colocavam imagens grotescas, imagens que faziam as pessoas sentirem medo.
Sem querer, ele tinha caído em um grupo, e ele olhava a volta da cidade, não seria uma guerra comum de um contra um; a cidade estava se segregando em milhares de grupos, em milhares de equipes particulares.
Ele foi arrastado pela maré de seu próprio grupo, e não sabia para onde eles estavam caminhando; se era para a batalha ou só espionando. Ninguém dizia uma só palavra. O clima estava tenso.
Andando pelos corredores da cidade, milhares de pessoas estavam fora de suas casas, divididas em grupos: grupos amarelos, grupos vermelhos, grupos azuis; vários grupos.
Andando pelos corredores da cidade, milhares de pessoas estavam fora de suas casas, divididas em grupos: grupos amarelos, grupos vermelhos, grupos azuis; vários grupos.
Todos olhavam desconfiados para cada um que passava, e a desconfiança era tão forte, e estava sendo sustentada por tanta gente, que o olhar de desconfiança passou a ser o único olhar possível. Mesmo dentro de cada grupo particular, a desconfiança estava presente.
Ninguém sabia o que podia acontecer; se aqueles outros grupos que estavam passando, ou os que observavam a passagem dos outros, iriam atacar ou não. Isso poderia acontecer a qualquer momento. Naquela tensão, essa incerteza se tornava cada vez mais forte. Então todos estavam preparados para matar ou morrer a qualquer instante.
Mas o menino sentia só medo. Ele estava ali no meio da confusão, sendo levado pela enchente, sabendo que poderia ser morto pela guerra a qualquer momento, mas só que ele mesmo não queria matar ninguém ali. Na verdade, ele queria abraçar todo mundo, ele amava aquelas pessoas.
Mas o menino sentia só medo. Ele estava ali no meio da confusão, sendo levado pela enchente, sabendo que poderia ser morto pela guerra a qualquer momento, mas só que ele mesmo não queria matar ninguém ali. Na verdade, ele queria abraçar todo mundo, ele amava aquelas pessoas.
Ele não acreditava ser o único assim, então onde ele passava, ele se esbarrava de propósito nas pessoas, talvez para sentir se encontrava alguma resposta delas, um sinal de que elas não tinham a intenção de o matar, ou de passar por cima dele.
Mas ele nada encontrava. Ele continuava a caminhar, com uma sensação de abandono absoluta, como se ele fosse a única alma viva do universo.
Mas a centelha do amor pulsando dentro do coração do menino não o deixava vacilar. Mesmo sem entender a lógica, e mesmo sem ver ninguém, mesmo sozinho, mesmo chorando, aquilo parecia ser uma voz que seguia dizendo: "Continue investigando, independente do que lhe aconteça. Eu sei que você em breve encontrará aquele lugar que procura".
~* Palavras que saem da Boca