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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Dar a cara a tapa

Dar a cara a tapa

Fecho as portas
Não há mais nada a fazer
Sinto que estou a esperar
Mas esperar pelo o que?

Não quero sua intimidade
Você não pode me entender
Se eu abrir uma parte de mim
Contar até três é suficiente e começará a interferir

Então fico sozinho,
Calado e sentindo.
Fico ouvindo o ruído de sua atividade
E mesmo que você não se abra
Não faz diferença
Estou ouvindo o criador de sua fala

É como um buraco negro
Que suga tudo o que está por perto
Posso ouvir até o seu silêncio
Que faz mais barulho que um dialeto


Se eu te revelo
Você se esconde
Eu fico confuso
Me perco em monte

Quando eu era criança
Eu me escondia também
Só que agora sei que não posso me esconder
Então parei de brincar de esconde-esconde

Para descobrir o que é real
Você precisa dar sua cara a tapa
O esconde-esconde tem que parar
Um passo contra a corrente será preciso dar















        ~* Palavras que saem da Boca *~