- Vem, Maria, vem! - João puxava animado a mão de Maria.
- Espera aí, João - Maria puxou sua mão de volta, se desvencilhando dele. - Para onde você quer me levar?
- Maria, é surpresa, você tem que vir comigo - João estava batendo os pezinhos frenéticos no chão. - Na floresta, um lugar secreto, eu encontrei.
- O que tem lá? - Perguntou Maria, curiosa. Quando eles eram mais pequenos, eles houveram construído uma casinha escondida dentro da floresta, secreta. Só eles a conheciam, passavam horas lá. O que João estava contando retornava muitas boas lembranças.
- Maria, vamos logo, por favor - João não parava de bater os pés. - Tem tudo lá, tudo que você imaginar. É um lugar mágico. Por favor, vamos...
- Tá bem - respondeu Maria. - Espera só eu terminar esta tarefa da escola.
Maria estava fazendo seu exercício escolar numa folha de caderno. Depois de falar, João olhou para a folha, arrancou da mão dela e a rasgou em pedaços. Maria ficou olhando para ele, com cara de tacho.
- Maria, larga tudo - disse João. - Quando você chegar lá, você não vai querer voltar nunca mais.
Maria olhou para ele por um tempo... João era seu melhor amigo, e toda aquela euforia nele deixava claro que ele estava falando a verdade. Mas João sempre foi um pouco maluco, um birutinha. Desde pequeno, tinha várias ideias de doido, que sempre os colocavam em atrapalhadas. Mas Maria sabia, era assim que ela se sentia... Ela adorava as maluquices de João. Adorava entrar em confusão com ele.
- Vamos, Maria - implorou João com o rosto comprimido. - Alguma vez eu já deixei você na mão?
Era verdade, João nunca tinha feito isso. João as vezes sumia, falando umas maluquices, mas nunca faltou quando ela precisou. Nunca a deixou de lado, nunca a abandonou. João sempre esteve ali. Ela era especial para João, mais importante do que as outras pessoas, ela sentia isso. João deixava isso bem claro quando estava com ela.
- Está bem, vamos - disse Maria, decidida.
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Então lá se foram os dois, de mãos dadas. João foi na frente, puxando a mão de Maria apressadamente. Ele parecia um cachorrinho babando, pronto para pular em cima do dono. Estava tão animado que andava saltitando.
Maria foi observando João pelas costas... Ele era um gatinho. Era tão espontâneo, e era tão fofo vê-lo. Ele parecia uma criança e não um adolescente. Maria não conhecia ninguém assim, tão leve, tão natural que chegava a ser puro. Chegava a ser delicado.
- Maria, você vai adorar - contou João, dirigindo o olhar a ela. Maria ficou com vergonha quando João olhou para ela, e deu um sorrisinho, toda vermelha, confirmando com a cabeça. Era como se seus pensamentos estivessem expostos.
Maria estava adorando ser puxada por João, João pegando em sua mão... Aquilo era tão raro. João estava sempre animado, querendo brincar... Mal olhava para ela direito.
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Eles entraram agora na floresta, e João ainda estava à frente, puxando Maria pela Mão.
- João, falta muito? - Perguntou maria, esperançosa. Se dependesse dela, ela colocaria mais alguns bons quilômetros de distância. Ela não queria que aquele momento terminasse nunca.
- Não, Maria, estamos chegando - respondeu João. - Me desculpe por fazer você caminhar tanto.
- Ahh, não - disse Maria meio sem jeito. - Tudo bem, não andamos tanto assim não - completou ela com um sorrisinho sem graça.
"Ai João, se você apenas soubesse... Será que você também gosta de mim? Eu gosto tanto de você... Você é tão fofo. Ai como eu queria te apertar, te dar um abraço" - Maria pensava essas coisas enquanto observava João de costas.
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Foi então que João parou. Maria encostou então ao lado dele, ainda de mãos dadas. João soltou a mão dela.
- Chegamos! - Contou ele.
"Não..." - Foi a única coisa que Maria pensou quando João soltou sua mão. Ela queria pegá-la de novo. Estava bom, estava se sentindo segura, confortável, um calor no peito. Mas não ia fazer isso, era muito tímida. Além do mais, João poderia desconfiar de alguma coisa.
- Vem cá, Maria - acenou João, caminhando à frente.
Eles pararam então em frente a um buraco. Tinha um buraco no meio da grama, no chão.
- É um túnel, Maria, a gente tem que atravessar ele - era completamente escuro lá dentro.
- Hum... - Deixou escapar maria, pensativa. Ela ainda estava pensando na mão de João.
João tirou uma lanterninha do bolso e a acendeu.
- Vamos, Maria - disse João saltando no buraco e iluminando-o.
- Espera, João - pediu Maria. - Estou com medo.
- Confia em mim - respondeu João.
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Maria confirmou com um aceno de cabeça e também saltou dentro do buraco. Eles foram então andando... Era um túnel simples, parecia que fora cavado por alguém.
- Como você encontrou isso? - Perguntou Maria a João, curiosa.
- Você sabe como sou... Ando desocupado, então acabo encontrando coisas por aí que as pessoas não encontram...
- Foi você quem o cavou? - Perguntou a João.
- Não, eu o encontrei - respondeu João. - Deveria ser de alguém, não faço ideia. Não tem ninguém do outro lado, eu já revistei tudo. E já passei dias aqui, não apareceu ninguém. É só nosso agora.
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Então eles continuaram caminhando e atravessando o túnel, até que chegaram do outro lado. Era uma floresta também, muito parecida com a que eles estavam, tinha apenas algumas flores a mais.
- O que tem aqui de tão interessante? - Perguntou Maria.
João deu um sorriso. Estendeu a mão para ela e ela não entendeu.
- O que foi? - Perguntou ela.
Foi então que um buque de flores vermelhas apareceu na mão de João, como Mágica.
- Que lindo! - Exclamou ela, encantada. - É para mim?
- Uhum.
Então ela pegou o buquê de flores e as cheirou. Que maravilhosas, era um perfume tão gostoso... Uma nuvenzinha se materializou em cima de maria, e então caminhou para cima de João. Depois que a nuvenzinha parou em cima de João, ela começou a chover. Mas não erá água. Caíam uns coraçõezinhos pequenos e coloridos, mergulhando em cima de João.
- Você é fofa, Maria - contou João. Maria ficou vermelha.
- O que é isso? - Perguntou ela, ao ver a chuva de corações.
- Esse lugar é mágico, Maria - Contou ele. - Tudo o que a gente pensa, a gente cria. Se torna real. É como um sonho. Olha só...
Então João apontou para um lado e um castelo apareceu ali. Um castelo enorme, um palácio. Maria ficou encantada. Depois parou um pouquinho, pensativa...
- João... - Disse maria. - Não podemos ficar com isso só para nós, isso poderia salvar a vida de muita gente. Precisamos voltar e trazer as pessoas.
- Maria... - Disse João bem sério. - Eu não vou sair daqui. Não quero sair daqui nunca mais. Quero viver aqui, nesse lugar mágico. Eu não vou voltar. Fui buscar você porque você é muito importante para mim... Mas eu não vou sair daqui.
- João - respondeu Maria -, eu vou voltar. Preciso trazer meus amigos também. Não vou aguentar viver minha vida inteira aqui, feliz, cheia de tudo, e sabendo que meus amigos e familiares estão lá, na cidade, sofrendo...
- Maria - disse João -, você é livre, então pode fazer o que quiser. Mas eu não vou mudar de opinião. Já decidi ficar aqui, para sempre. É o que farei.
- Eu vou lá, João - disse Maria delicadamente. - Me espere aqui, eu vou voltar. Vou trazer o pessoal.
- Tudo bem - respondeu João, chateado. - Pode ir Maria, você é livre. Eu vou te esperar aqui, não sairei.
--------
Então maria deu um beijo no rosto de João e voltou pelo túnel. Atravessou a floresta e chegou na cidade.
Nos dias seguintes, ela foi contando ao pessoal sobre a floresta mágica. Alguns acreditavam, outros não. Os que acreditaram, se juntaram a ela, e ela os contou que no início da próxima semana, eles iriam se reunir e ir para lá, porque ela ainda tentaria convidar mais um pouco de gente durante o restante da semana.
Chegando o início da outra semana, Maria conseguira reunir um grupo de 30 pessoas. Então eles foram caminhando para a floresta... Curiosos. Quando chegaram no local do túnel, havia algo errado. O túnel não estava mais lá, havia desaparecido.
- João... - Disse maria. - Não podemos ficar com isso só para nós, isso poderia salvar a vida de muita gente. Precisamos voltar e trazer as pessoas.
- Maria... - Disse João bem sério. - Eu não vou sair daqui. Não quero sair daqui nunca mais. Quero viver aqui, nesse lugar mágico. Eu não vou voltar. Fui buscar você porque você é muito importante para mim... Mas eu não vou sair daqui.
- João - respondeu Maria -, eu vou voltar. Preciso trazer meus amigos também. Não vou aguentar viver minha vida inteira aqui, feliz, cheia de tudo, e sabendo que meus amigos e familiares estão lá, na cidade, sofrendo...
- Maria - disse João -, você é livre, então pode fazer o que quiser. Mas eu não vou mudar de opinião. Já decidi ficar aqui, para sempre. É o que farei.
- Eu vou lá, João - disse Maria delicadamente. - Me espere aqui, eu vou voltar. Vou trazer o pessoal.
- Tudo bem - respondeu João, chateado. - Pode ir Maria, você é livre. Eu vou te esperar aqui, não sairei.
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Então maria deu um beijo no rosto de João e voltou pelo túnel. Atravessou a floresta e chegou na cidade.
Nos dias seguintes, ela foi contando ao pessoal sobre a floresta mágica. Alguns acreditavam, outros não. Os que acreditaram, se juntaram a ela, e ela os contou que no início da próxima semana, eles iriam se reunir e ir para lá, porque ela ainda tentaria convidar mais um pouco de gente durante o restante da semana.
Chegando o início da outra semana, Maria conseguira reunir um grupo de 30 pessoas. Então eles foram caminhando para a floresta... Curiosos. Quando chegaram no local do túnel, havia algo errado. O túnel não estava mais lá, havia desaparecido.
~ * Palavras que saíram da Boca * ~
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