Ele foi caminhando atrás daquele homem vestido num manto negro, até que eles chegaram em frente a uma porta.
- A primeira coisa que você deve compreender - disse o homem - é o medo. O medo é o que define aquele que é digno da magia ou não. Aquele que consegue caminhar com seu medo, sem que o medo interfira nele, é digno. Eu posso mandar ele ir a qualquer lugar, e ele irá, sentindo medo ou não.
- Hum... - O garoto estava atento.
- Do que você tem mais medo?
- De sapos - respondeu o garoto. - Argh, eu odeio sapos!
- Exato!
O homem empurrou a porta. Era um corredor enorme. Havia uma fina ponte, com alguns centímetros de largura, que ia de uma extremidade do corredor à outra. Devia ter um quilômetro de extensão.
Por debaixo da ponte, havia milhares de sapos, milhares! De todos os tamanhos, grandes e pequenos. Os sapos pulavam de um lado para o outro da ponte.
- Meus Deus! - Exclamou o garoto. - Que horror!
- Atravesse-o.
- Ah, não - respondeu o garoto. - Tudo, menos isso!
- Quando eu mandar você ir a algum lugar - disse o homem, calmamente -, você tem que ir, sem questionar. O medo é a porta da confiança. Eu mando você ir, e você sempre sentirá medo, por isso não irá. Poucos vão, poucos encaram o medo, poucos vão mesmo se tremendo, aonde eu mando. Eles confiam em mim, sabem que eu não os farei mal. Eles confiam cegamente em mim. Esses são os únicos que vestem o chapéu de um mago.
- Está bem - respondeu o garoto, não muito certo do que estava dizendo. - Eu vou.
- Vá - ordenou o homem. - Eu ficarei aqui te observando.
Lá se foi o garoto, se tremendo como uma vara. Ele deu o primeiro passo à frente, atravessando a porta, e sentiu vontade de voltar. Os sapos começaram a ficar inquietos com a presença dele, pulando cada vez mais.
Ele olhou para trás, e o homem estava com o olhar firme fitado sobre ele. Ele fez uma cara de choro, e o homem acenou (vá!).
Ele olhou novamente para frente, e começou a caminhar pela ponte. Quanto mais ele caminhava, mais inquietos os sapos ficavam, pulando de um lado para o outro, frenéticos.
Os sapos passavam à frente dele, e atrás, no salto. O garoto sentia um pânico por dentro, mas continuava caminhando. Ele não conseguia se acostumar com a situação, o medo só aumentava. Cada vez que um sapo pulava, ele tomava um susto, achando que ia tocar nele. Mas os sapos passavam raspando, e, por algum motivo, nunca tocavam no garoto.
- A primeira coisa que você deve compreender - disse o homem - é o medo. O medo é o que define aquele que é digno da magia ou não. Aquele que consegue caminhar com seu medo, sem que o medo interfira nele, é digno. Eu posso mandar ele ir a qualquer lugar, e ele irá, sentindo medo ou não.
- Hum... - O garoto estava atento.
- Do que você tem mais medo?
- De sapos - respondeu o garoto. - Argh, eu odeio sapos!
- Exato!
O homem empurrou a porta. Era um corredor enorme. Havia uma fina ponte, com alguns centímetros de largura, que ia de uma extremidade do corredor à outra. Devia ter um quilômetro de extensão.
Por debaixo da ponte, havia milhares de sapos, milhares! De todos os tamanhos, grandes e pequenos. Os sapos pulavam de um lado para o outro da ponte.
- Meus Deus! - Exclamou o garoto. - Que horror!
- Atravesse-o.
- Ah, não - respondeu o garoto. - Tudo, menos isso!
- Quando eu mandar você ir a algum lugar - disse o homem, calmamente -, você tem que ir, sem questionar. O medo é a porta da confiança. Eu mando você ir, e você sempre sentirá medo, por isso não irá. Poucos vão, poucos encaram o medo, poucos vão mesmo se tremendo, aonde eu mando. Eles confiam em mim, sabem que eu não os farei mal. Eles confiam cegamente em mim. Esses são os únicos que vestem o chapéu de um mago.
- Está bem - respondeu o garoto, não muito certo do que estava dizendo. - Eu vou.
- Vá - ordenou o homem. - Eu ficarei aqui te observando.
Lá se foi o garoto, se tremendo como uma vara. Ele deu o primeiro passo à frente, atravessando a porta, e sentiu vontade de voltar. Os sapos começaram a ficar inquietos com a presença dele, pulando cada vez mais.
Ele olhou para trás, e o homem estava com o olhar firme fitado sobre ele. Ele fez uma cara de choro, e o homem acenou (vá!).
Ele olhou novamente para frente, e começou a caminhar pela ponte. Quanto mais ele caminhava, mais inquietos os sapos ficavam, pulando de um lado para o outro, frenéticos.
Os sapos passavam à frente dele, e atrás, no salto. O garoto sentia um pânico por dentro, mas continuava caminhando. Ele não conseguia se acostumar com a situação, o medo só aumentava. Cada vez que um sapo pulava, ele tomava um susto, achando que ia tocar nele. Mas os sapos passavam raspando, e, por algum motivo, nunca tocavam no garoto.
Quando estava no meio da ponte, um sapo passou muito perto, quase tocando seu rosto. Ele tomou um susto e se desequilibrou, caindo da ponte. Não era alto, devia ter meio metro do chão. Quando ele caiu, os sapos que estavam onde ele ia cair, saltaram todos para distante, ao mesmo tempo. Ele caiu firme no chão, sem nenhum sapo.
Olhou à volta, aquele mar de sapos, olhando para ele. Mas eles ficaram todos quietos. Então ele se levantou, sentindo muito nojo, e subiu na ponte novamente. Depois que subiu, os sapos voltaram a saltitar de um lado para o outro, inquietos.
"Que estranho" - pensou o garoto. - "Parece que eles liberaram o espaço só para mim."
Então ele continuou caminhando pela ponte, agora um pouco mais confiante, e nenhum sapo o tocou.
Chegou do outro lado. O homem estava lá, logo à frente dele.
- Muito bom. É assim que ocorre com aqueles que me obedecem à par do medo - contou o homem. - Eu mando eles para o meio de uma guerra, no meio do tiroteio, e nenhuma bala os atinge, há não ser que seja parte do meu plano que a bala os atinja.
- É isso que significa confiar - continuou o homem. - Caminhar para onde eu mandar, independente do medo ou não. Quando eles confiam em mim, o medo não existe. Mesmo habitando-os, não faz diferença. Por isso um mago não tem medo. O medo pode estar presente, mas não interfere em sua ação.
- Vamos, venha comigo.
~ * Palavras que saíram da Boca * ~
Olhou à volta, aquele mar de sapos, olhando para ele. Mas eles ficaram todos quietos. Então ele se levantou, sentindo muito nojo, e subiu na ponte novamente. Depois que subiu, os sapos voltaram a saltitar de um lado para o outro, inquietos.
"Que estranho" - pensou o garoto. - "Parece que eles liberaram o espaço só para mim."
Então ele continuou caminhando pela ponte, agora um pouco mais confiante, e nenhum sapo o tocou.
Chegou do outro lado. O homem estava lá, logo à frente dele.
- Muito bom. É assim que ocorre com aqueles que me obedecem à par do medo - contou o homem. - Eu mando eles para o meio de uma guerra, no meio do tiroteio, e nenhuma bala os atinge, há não ser que seja parte do meu plano que a bala os atinja.
- É isso que significa confiar - continuou o homem. - Caminhar para onde eu mandar, independente do medo ou não. Quando eles confiam em mim, o medo não existe. Mesmo habitando-os, não faz diferença. Por isso um mago não tem medo. O medo pode estar presente, mas não interfere em sua ação.
- Vamos, venha comigo.
~ * Palavras que saíram da Boca * ~
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