Dor que me forçou
Aprender a não desviar do amor
Me pergunto se ela não cortou
Uma das asas que trabalhava a favor
Me sinto menino como passarinho
Com medo de voar e perder seu ninho
Quem sabe se a mãe pudesse empurrar
Assegurando ao menino que estaria aqui ao voltar
Mas o menino sente medo
Pois sabe que pode não voltar o mesmo
Será que a mãe é experiente o suficiente
E já aprendeu a não julgar com a mente?
Seu maior desejo é voar como criança
E poder demonstrar que seu maior valor é confiança
Estranho é parecer que estamos sempre a um passo
De conquistar aquele tão sonhado espaço
Se cada um adiciona
Talvez não seja apenas zona
Como construir tal confiança
De ir e vir sendo apenas um?
De mudar o conteúdo
E permanecer com um recipiente?
Talvez seja necessário alto grau de maturidade
E isso é algo que não tem nada a ver com o corpo de idade
Parece ter mais a ver com o conhecer da natureza
Inconstante no sentir,
No ser e no saber.
Mas constante na inconstança
Nasce o sábio que tem confiança
Ele é alguém que sabe reconhecer:
Viajei por muitos rios e meu balde está cheio agora
Aguarde comigo, pois na base é você quem mora.
Ter um balde vazio,
É a essência do encontro com o rio.
Balde vazio está aberto a receber água
E isso é algo que acontece quando voltamos pra casa.
~* Palavras *~
que
~* Saem *~
da
~* Boca *~