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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O Exorcista da Luz




     Ele andava com um imenso campo magnético à sua volta. Todos os espíritos que circulavam ao redor, tantos os que estavam separados dos corpos, tanto os que estavam presos no campo energético das pessoas, eram atraídos por esse campo magnético irresistível e então entravam dentro do corpo do exorcista.
     Dentro do corpo dele havia um campo enorme, um imenso espaço. Lá dentro começava a ser travada uma batalha invisível, uma batalha que estava além do físico, do material. Ocorria em outro plano, num plano espiritual. Era uma batalha de dissipação: o espírito era atraído para a sargeta, e então enlouquecia. 
     O exorcista carregava um antídoto, era a luz que dissipa as trevas. O campo magnético atraía todos os espíritos das trevas para dentro daquela luz, e aquela luz os atravessava como raio. Aquele antídoto era veneno para esses espíritos, e, no primeiro contato com ele, os espíritos começavam a gritar e a se debater desesperadamente, pois sabiam que era a sua morte.
     Após uma grande batalha, ocorria uma grande dissipação de energia e ambos os corpos físicos por onde aquela energia havia percorrido, tanto do mediante quanto do exorcista, eram deixados com uma sensação intensa de cansaço físico e mental. Mas era um descanso, um alívio.
     Alguns seres da terra criaram uma grande relação com seu espírito habitante, chegando ao ponto de se confundir com eles.
     Quando o olhar do exorcista o atravessava, aquele espírito era exposto, e a pessoa sentia um medo profundo, pois sempre achou que aquele espírito era quem ela era. Então a sua falsa noção de ser, que era na verdade o espírito habitante, era sugado pelo campo magnético, passava pela superfície, e a pessoa temia perder aquilo que sempre esteve com ela. Ela só não fazia ideia da liberdade que é viver sem parasitas.
     Com a experiência, tanto interna quanto externa, o exorcista descobriu que todos os espíritos eram das trevas, pois na luz só havia um espírito, e era sempre o mesmo em todos os lugares onde ele era. Então não poderia nem ser dito que havia um espírito de luz, apenas havia o espírito. Tudo que não fosse ele, era trevas, era espírito de trevas.
     O exorcista não se importava de ter de lutar tanto, ele até gostava da emoção; ele gostava de ser dissipador das trevas. Mas não era nem questão de escolha, era apenas a sua missão aqui na terra: acabar com o mal de toda uma geração.















Hu hu hum... Vem com força, se não será muito fácil.


~* Palavras que saíram da Boca