Quanto mais mutável, mais real. Nada na natureza é fixo. A natureza é um movimento constante, um mutante.
Às vezes você está amoroso, outras vezes nervoso, depois sente alegria, depois vem uma brisa triste - o humor varia. Quando você tenta transformar o movimento em algo fixo, fica louco, perdido, porque não é possível, é contra as leis da vida.
Você quer estar sempre alegre, então fica doido. O movimento vai continuar e você vai ficar tentando se agarrar a algo que já não está mais presente.
Por exemplo: você está alegre. Passa um tempo e a energia que estava alegre vai ficando um pouco triste, sensível, mais delicada... Mas você aprendeu que o bonito é ser alegre, que você deve estar sempre alegre, sempre sorrindo; então tenta ficar alegre. Mas a sua energia agora está triste, e você está tentando ficar alegre. Então você entra em um conflito com sua própria natureza, porque você está tentando transformá-la e isso não é possível.
Agindo dessa forma, você não vive o que a sua natureza está pedindo para você viver, e também não vive a alegria que você queria viver, porque você não pode moldar a energia a seu gosto. Ela é o que é, e vai ser sempre assim. Há um propósito para todas as suas variações, e agindo dessa forma você perde este propósito.
Você perde a sintonia, perde o contato com a natureza. Então vem o sentimento de estar perdido. Você sempre se sentirá perdido enquanto não se deixar ser conduzido pelo movimento, porque ele continuará independente de você querer ou não.
Há duas opções de se viver:
O sábio, acompanha o movimento, do jeito que ele é. Se é triste, é triste. Se é alegre, é alegre. Se confuso, é confuso. Se tenso, é tenso. Se é raiva, é raiva. E, acompanhando o movimento, o sábio está acompanhando a própria vida. Então ele entra em sintonia. Por estar assim - em sintonia - acaba recebendo tudo o que a vida lhe oferece, e encontra o propósito para cada gota de sensação.
O não-sábio, tenta moldar o que sente. O movimento está seguindo, e ele está tentando pará-lo, fixá-lo em algum ponto. Então ele entra em um conflito, porque não é possível, é como nadar contra a corrente. Quanto mais tenta moldar, mais conflito. Agindo assim, ele acaba negando tudo o que a natureza quer lhe oferecer, e não encontra o propósito de cada sensação que lhe vem. O não-sábio vive então com um sentimento constante de estar perdido, das coisas não fazerem sentido.
A paz se encontra na transcendência do movimento. Transcendê-lo é aceitá-lo em absoluto, acompanhá-lo em absoluto; sem nenhum questionamento de: "não deveria ser assim".
Se é assim, é assim. E você transcende-o porque descobre a razão, o porquê do movimento. Ele passa a fazer sentido. Você descobre a sintonia, e então com isso vem a paz. Você não é mais vítima do movimento, você se descobre abençoado por causa dele.
Com a sintonia, vem os milagres, porque a vida é milagrosa. Ela é sincrônica, harmônica e perfeita; como uma orquestra. Ela é mágica, como uma melodia. Mas, para ela ser o que ela é, é preciso estar com ela do jeito que ela é. Vivê-la exatamente como ela é, totalmente.
Se é assim, é assim. E você transcende-o porque descobre a razão, o porquê do movimento. Ele passa a fazer sentido. Você descobre a sintonia, e então com isso vem a paz. Você não é mais vítima do movimento, você se descobre abençoado por causa dele.
Com a sintonia, vem os milagres, porque a vida é milagrosa. Ela é sincrônica, harmônica e perfeita; como uma orquestra. Ela é mágica, como uma melodia. Mas, para ela ser o que ela é, é preciso estar com ela do jeito que ela é. Vivê-la exatamente como ela é, totalmente.
Não há mal nenhum nessa variação constante, pelo contrário, isso é significado de riqueza. Os que querem estar sempre alegres - perdoe-me a sinceridade absoluta - mas isso é pobreza! Mendigagem! É pedir esmola pra vida.
E a vida é tão rica, tão ampla... E é simples, você apenas não vê. É uma falta de entendimento, uma falta de compreensão. Todo este espectro emocional, essa variação; é riqueza, é preenchedor. É um peito cheio, um coração rico, vivo. E você descobre isso apenas se vivê-la, se viver o movimento plenamente.
A vida quer te dar mil reais, mas você insiste em ficar com a nota de um. A nota de um... A nota de um... A nota de um... O tempo todo você mendigando a nota de um. E ainda fica se questionando: "porque eu sou tão pobre? Porque a vida não é boa?"
É você quem esteve recusando-a. Sempre foi você.
~ * Palavras que saíram da Boca * ~