~ * ~
Era um rapaz que possuía um intenso amor por pedras. Ele não sabia
explicar. Quando estava olhando para elas, sentia desaparecer. Não havia mais a
pedra e nem o homem, nenhuma divisão. Naquele momento contemplativo, ele era a
pedra e a pedra era ele. Acontecia uma fusão.
Essa intensa paixão fez o homem caminhar quase todo dia três quilômetros até as montanhas, onde catava umas pedras que tinham rolado do topo. Havia de vários tipos e cores.
Não eram pedras preciosas, então não tinham tanta beleza estética. Mas para o homem, elas eram lindas.
Ele coletava algumas e voltava para o seu aposento. Lá dentro, ficava admirando-as, até um dia em que teve a ideia de tentar moldá-las.
Pegou umas ferramentas do pai e começou a futucar com elas as pedras. Quando estava mexendo nelas, a mesma sensação o homem sentia: ele desaparecia, o tempo parava. Nada existia, nem mesmo aquele momento.
As primeiras pedras que lapidou ficaram completamente disformes. Talvez tivessem ficado ainda menos belas do que as originais, mas o homem passava horas contemplando o que havia feito. Ele sabia que não havia nenhuma beleza notável na sua lapidação, mas veio do seu coração. Quando observava o que fez, sentia o amor que esteve em movimento durante o ato. Sabia que talvez ninguém veria a beleza, mas ele via, e isso o deixava muito contente.
O homem continuou lapidando pedras dia a dia, se apaixonou pelo ato. O mundo perdeu a importância, os problemas passaram a existir cada vez menos... Ele estava amando, num caso de amor... Amando lapidar.
Sempre quando voltava às montanhas para coletar mais material, alguma ideia repentina vinha em sua mente e então trocava a rota, virando em outra direção. Para a sua surpresa, encontrava pedras ainda mais bonitas. Ele sabia que não podia ser coincidência, só podia ser o destino... Porque estava fazendo tudo com muito amor. Sentia ter encontrado o caminho, pois estava a cada dia mais feliz.
O homem manteve-se lapidando por alguns anos, e o que tinha começado sem nenhuma beleza, ganhou uma beleza gigantesca. As pedras que o homem lapidava eram totalmente originais, ninguém encontrava iguais. Ninguém o havia ensinado, foi um ato de puro coração. Então nasceu algo novo.
Foi assim que o homem desenvolveu um talento que ninguém poderia levar. Se tornou fonte de inspiração para muitos. Revolucionou a arte da lapidação, porque chegou com algo novo; que veio espontaneamente do seu coração, de sua paixão. Os tradicionais nunca haviam visto tamanha novidade, tanta beleza...
~ * Palavras que saíram da Boca * ~
Essa intensa paixão fez o homem caminhar quase todo dia três quilômetros até as montanhas, onde catava umas pedras que tinham rolado do topo. Havia de vários tipos e cores.
Não eram pedras preciosas, então não tinham tanta beleza estética. Mas para o homem, elas eram lindas.
Ele coletava algumas e voltava para o seu aposento. Lá dentro, ficava admirando-as, até um dia em que teve a ideia de tentar moldá-las.
Pegou umas ferramentas do pai e começou a futucar com elas as pedras. Quando estava mexendo nelas, a mesma sensação o homem sentia: ele desaparecia, o tempo parava. Nada existia, nem mesmo aquele momento.
As primeiras pedras que lapidou ficaram completamente disformes. Talvez tivessem ficado ainda menos belas do que as originais, mas o homem passava horas contemplando o que havia feito. Ele sabia que não havia nenhuma beleza notável na sua lapidação, mas veio do seu coração. Quando observava o que fez, sentia o amor que esteve em movimento durante o ato. Sabia que talvez ninguém veria a beleza, mas ele via, e isso o deixava muito contente.
O homem continuou lapidando pedras dia a dia, se apaixonou pelo ato. O mundo perdeu a importância, os problemas passaram a existir cada vez menos... Ele estava amando, num caso de amor... Amando lapidar.
Sempre quando voltava às montanhas para coletar mais material, alguma ideia repentina vinha em sua mente e então trocava a rota, virando em outra direção. Para a sua surpresa, encontrava pedras ainda mais bonitas. Ele sabia que não podia ser coincidência, só podia ser o destino... Porque estava fazendo tudo com muito amor. Sentia ter encontrado o caminho, pois estava a cada dia mais feliz.
O homem manteve-se lapidando por alguns anos, e o que tinha começado sem nenhuma beleza, ganhou uma beleza gigantesca. As pedras que o homem lapidava eram totalmente originais, ninguém encontrava iguais. Ninguém o havia ensinado, foi um ato de puro coração. Então nasceu algo novo.
Foi assim que o homem desenvolveu um talento que ninguém poderia levar. Se tornou fonte de inspiração para muitos. Revolucionou a arte da lapidação, porque chegou com algo novo; que veio espontaneamente do seu coração, de sua paixão. Os tradicionais nunca haviam visto tamanha novidade, tanta beleza...
~ * Palavras que saíram da Boca * ~
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