A verdade está em você.
Não escute ao mundo quando disser que está em outro lugar.
Vá em frente, questione!
Por as pessoas
não viverem de verdade, por não terem coragem de viver plenamente; se
arriscando, tentando, sentindo medo, ou o que quer que seja; elas nunca estão
presentes. Estão sempre no futuro ou no passado, sempre
pensando em suas histórias, em outro lugar. O agora não as satisfaz, pois no
agora, elas são apenas crianças fracas, pequenas e infantis.
Em suas
histórias mentais elas podem representar papel de gigantes e de heróis. Talvez nem
saibam que estão sonhando. Se souberem, para mim, são idiotas; se
fossem inteligentes não iriam aceitar.
Para
ser inteligente você precisa ser corajoso, pois não aceitará nada fácil, não se
iludirá com facilidade; você trilhará o seu próprio caminho, mesmo que você
seja o único dentro dele. Se escolher ser um idiota,
poderá ser um covarde, pois você poderá viver ouvindo os outros, aceitando o que
eles dizem ser a verdade. Poderá permitir até que alguém lhe diga quem você é e o que você deve fazer, mas isto é iludir-se, é viver sem autenticidade.
Um idiota poderá
se iludir, mas um inteligente não. Ele jamais aceitará uma ilusão.
Jamais aceitará não saber quem ele é e irá até o fim para descobrir; mesmo que
essa busca o enlouqueça.
A
vida é a inteligência, e a inteligência é rebelde. Ninguém pode impor nada a ela. Se ela não enxergar aquilo que dizem, ela
não aceitará só porque alguém, ou muitos alguéns, estão dizendo. Ela não está
nem aí. Ela é a verdade dela mesma. Alguém poderá dizer a ela: “a vida é X. Ela
é assim.” A inteligência vai dizer: “é mesmo? Como você descobriu? Se você descobriu
eu posso descobrir também”.
Uma
pessoa inteligente jamais se aquietará se souber que está vivendo algo e não tiver
certeza de que aquilo é mesmo real. Só um idiota pode se enganar, um
inteligente não. Algo dentro dele vai começar a ferver, a borbulhar, a queimar.
Um inteligente poderá
tentar de tudo e no que ele não enxergar a verdade, irá descartar sem lamentar,
não importa o que digam ou insistam. Ele poderá até pensar: “talvez aquilo seja
real e eu que não tenha entendido”, então certamente tentará novamente e
verificará. Mas se não descobrir, não se contentará.
O
inteligente não permitirá que nenhuma voz prevaleça sobre a sua; não permitirá
que ninguém diga a ele o que ele deve fazer. Se alguém o
disser: “faça isso, isso é o certo”, e ele fizer e não achar aquilo coerente e
verdadeiro; ele vai achar que a pessoa é idiota, porque está se iludindo.
Se ele
encontrar algo verdadeiro, o mundo inteiro poderá cair em cima dele dizendo que
ele é doido, e que aquilo não existe. Ele ficará besta em ver que há tanta
gente idiota no mundo.
O inteligente vai
à frente. Ele opta por viver ao invés de se iludir. Ele verifica, ele não aceita. Se ele
descobriu algo, não foi porque alguém contou a ele; foi ele quem experienciou e
atestou aquilo. Ele saberá,
pois terá descoberto sozinho, será sua experiência. Como alguém poderá dizer a ele que
ele está enganado? Qualquer pessoa que disser isso a ele, para
ele está pessoa ou está falando da boca pra fora, ou não sabe de verdade o que
está dizendo.
Um inteligente
não precisa de ninguém para dizer quem ele é, e ele até acha que só pessoas
idiotas é que escutam alguém que fala isso.
O inteligente
é quem é o dono de sua própria vida, é ele quem segura a sua própria coleira, e
ele sabe melhor do que ninguém. Qualquer
pessoa que tente interferir em seu caminho, não obterá êxito, pois nele há
inteligência. Ele sabe o que está fazendo. Se não, porque faria?
As coisas que
ele vive, vêm através de sua própria experiência investigativa. Ele está sempre
investigando. Mesmo caindo
em ilusão, mesmo enganando-se; não poderá durar por muito tempo, pois a
investigação faz falhar qualquer ilusão; ela penetra fundo na raiz da questão.
Ninguém poderá
dizer a um inteligente o que ele deve fazer, pois ele sempre sabe o que ele
está fazendo. Seu próprio fazer é fruto de investigação. Se ele veio
até aqui, ele estava investigando no caminho até aqui, e está também
investigando agora que chegou aqui.
A inteligência
não se engana, não desiste, não dorme e não se ilude. A inteligência é atenta,
esperta, rebelde e corajosa. Outra coisa: é muito rara também. Por isso o mundo
tem tanto medo da inteligência; ela é a coisa mais perigosa do mundo! Nada que
não seja verdadeiro passará despercebido por ela.
E onde existem
mais ilusões do que no mundo? O próprio mundo é uma grande ilusão. Dentro dele,
outras pequenas ilusões são criadas. Sempre que uma ilusão não satisfazer mais
a seu propósito, a falta de inteligência criará outra para suprir a necessidade
da mesma; e a necessidade é
nos escondermos de nós mesmos, somos animais e temos medo disso, poderemos
perder o controle.
É sempre a
mesma coisa; as pessoas continuam no mesmo lugar e esquecidas de si. A verdade
é a única coisa que não é encarada, pois para encará-la, é preciso ter muita
coragem; é preciso ficar sozinho e não escutar a mais ninguém. Talvez não
goste do que descubra, talvez descubra que a própria pessoa que acreditava ser
era uma mentira. No fundo todos
nós temos essa intuição sagaz, só não temos é coragem o suficiente para encará-la
de frente.
A verdade é como um machucado coçando.
Alguém te diz: "não coce, é ruim, faz mal!".
Você olha pra ele, pensa, e fica em dúvida.
Quem sabe melhor: ele ou a natureza?
Então você coça, pois é sua natureza quem está pedindo.
Quem saberá melhor do que ela?
Alguém te diz: "não coce, é ruim, faz mal!".
Você olha pra ele, pensa, e fica em dúvida.
Quem sabe melhor: ele ou a natureza?
Então você coça, pois é sua natureza quem está pedindo.
Quem saberá melhor do que ela?