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sábado, 28 de setembro de 2013

Amor diferente?


O amor que a gente sente
Talvez seja diferente
Mas porque é que de repente...

Subitamente,
Meu ser fica carente?

Sinto uma ligação
Posso estar errado ou não...
Mas carrego um espaço vigiando você

Quando você não está
Relato essa dor aguentar

Minhas intenções são sempre boas
Não vejo porque estar sofrendo...

Mas como um lago profundo que segue acumulando
Vou aos poucos o carbono metamorfizando

Será que gero gnaisse ou preservo a estrutura?

Será que gero petróleo ou será que gero diamante?

Talvez isso dependa da profundidade de minha amante.






*~ Palavras que saíram da boca ~*

domingo, 15 de setembro de 2013

O Fim da Confusão


     Ele saíra correndo desesperadamente, ele não aguentava mais. O mundo estava pesando demais. As pessoas o faziam sentir-se confuso constantemente. Já bastava! Ele não queria mais viver assim, viver confuso o fazia desejar a morte.
     Cada pessoa o mandava fazer uma coisa diferente, cada livro o dizia para agir de tal maneira, cada lugar descrevia o mundo de uma forma diferente. Ele ouvia conselhos distintos: "faça isso, não faça aquilo"; "seja assim, não seja aculá". 
     Tudo isso estava pesando tanto, que ele não conseguia mais ser ele mesmo.
     Dentro de sua confusão, ele tinha certeza de que algo estava errado. A vida não podia ser assim, a confusão que ele sentia deveria ter algum sentido em existir.

     Enquanto dava uma volta pelos campos, ele observava como as pessoas eram simples. Elas não pareciam confusas, nem um pouco. O lenhador cortava árvores, chegava em casa e beijava a esposa. Depois disso ele sentava na rede, e ficava quieto durante um longo tempo.
     Ele ficou intrigado e foi perguntar ao lenhador se ele não ficava confuso.
     O lenhador estranhou a pergunta e o menino disse que apenas estava buscando ajuda, porque andava muito confuso. O lenhador então disse:
- Guri, eu corto lenha e alimento meus filhos. Não vejo porque estar confuso. Tem um rapaz por aqui que veio da cidade, e logo quando chegou foi taxado de maluco - tudo que ele falava era confuso. Depois de uns anos ele casou, teve filhos, começou a trabalhar, e parou de falar confuso. Algo deve ter acontecido com ele. Ele mora a dois hectares daqui, porque não conversa com ele?

     O jovem agradeceu e se retirou a caminho. No percurso ele foi refletindo: "será que o casamento tirou sua confusão? Será que foi o trabalho?". Não tinha lógica. Ele já houvera trabalhado e inclusive namorado. Não, aquilo não fazia sentido.

     Chegando na casa do ex-confuso, o encontrou sentado em um banco de madeira logo à frente da casa. Era uma casinha bacana, ele cuidava de uns porcos e tinha uns cães pelo quintal.
     O jovem fez um aceno e pediu para se aproximar. O rapaz concordou, convidando-o a entrar.
     Eles conversaram sobre o assunto e o rapaz disse ao jovem:

     "Amigo, eu li durante muito tempo e aprendi sobre tudo o que se pode aprender. Psicologia, teologia, filosofia, música... Busquei durante muito tempo ser sábio e a forma certa de ser e agir.
     Com o tempo, me tornei uma pessoa muito confusa, e eu não compreendia, porque eu apenas tentava ser perfeito.
     Eu sofri durante muito tempo; eu vivia tão confuso que não conseguia mais me comunicar. Não sabia mais o que queria, e não sabia nem se era correto querer algo. Perdi completamente a noção de mim mesmo.
     A dor e o meu sofrimento me fizeram buscar uma saída.
     Com o passar dos anos, eu fui percebendo que estava tão cheio de conceitos de como as coisas deveriam ser, que perdi a capacidade de ser eu mesmo. Tudo o que eu fazia eu me perguntava se estava certo ou errado, e então isso me confundia. Tinha argumentos pró, tinha argumentos contra; o que eu mais tinha eram argumentos, e isso me mantinha estagnado. Eu justificava sempre o meu erro.
     Então eu conheci uma menina e me apaixonei. Ela foi uma grande luz e vou explicar o porque.
     Toda a minha confusão ficou clara com a chegada dela, porque machucava a relação. Então, devagarzinho a dor foi me mostrando o que tinha valor para mim, e o que eu realmente queria e me importava na vida.
     Então eu comecei a mover minhas energias para ir atrás do que queria, e as poucos eu fui entendendo uma coisa que carregarei para todo o sempre: quanto mais eu ia atrás daquilo que queria, independente se a forma de agir fosse certa, errada, ou se eu estava confuso ou não; a confusão ia diminuindo e a certeza ia ficando cada vez mais forte. Chegou um tempo em que ela simplesmente me abandonou, deixou de ter influência no meu viver.
     Talvez você sinta o mesmo, talvez toda a sua bagagem conceitual tenha lhe travado. 
     Vou lhe dar o conselho que aprendi por experiência: faça o que quiser fazer e corra atrás daquilo que deseja, e não ligue para o certo ou errado. Siga o seu coração e você nunca mais mergulhará tão fundo na confusão."




















                    
                    ~* Palavras que saíram da Boca.

sábado, 14 de setembro de 2013

Quando sentir estar com razão...

A Razão Causa Cegueira

A pior coisa do mundo é a razão.
Ela acaba com vidas,
Te afasta o irmão.

Quando sentirdes estar com a razão...
Tome cuidado!
Se optar por dar vazão,
Poderás perder sua direção.



~* Palavras que saíram da Boca *~

O presente e o tempo... Qual deles é real?


Quando o tempo me assusta,
O presente é a minha salvação.
Quando o presente é assustador,
O tempo se torna passagem pra minha dor.


Muitos dizem:
"Só o presente existe, o resto é ilusão."
Mas as vezes por o tempo existir,
Olhar para ele faz a minha agonia reduzir.

E quando a agonia está no tempo?
Então eu olho para mim:
- Bem, estou aqui...

O tempo se acertará por si.

Então, 

Oscilando no presente e no tempo,
Encontrei a minha solução.
Quando eu acreditava só existir um,
Meu deus, que confusão!

       ~ ~ ~ ~ ~ > < ~ ~ ~ ~ ~


A confusão pode estar no tempo.
A confusão pode estar no presente.

Quando em um deles eu habitar,
O oposto é meu repelente.



                  ~ * Palavras que saíram da boca             <:)                

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O pouco parece ter mais valor


             ~ * ~

Já quis ser um grande,
Me espelhei nos gigantes.
Tentei, sem questionar
Mas aonde é que eu queria chegar?

Talvez fosse bom ser conhecido,
Talvez fosse bom ter vários amigos.
Mas talvez nenhum deles fosse real,
Talvez fosse uma vida um tanto fora do normal.

E os grandes se suicidam,
E excedem nas drogas.
Porque?

Pra que?

Algo só pode estar errado.
Algo está faltando.

             ~ * ~

Queria ter o céu,
Ser o dono das estrelas...
Mas de que adiantaria?
Se no fim, tudo o que preciso é de uma boa companhia?

E pra que tantos amigos?
Sou só um, não quero estar dividido.

E ainda se eu tiver várias casas?
Talvez eu queira só em uma delas fazer minha morada.

             ~ * ~

Então, a experiência me mostrou que é de um pouco que se tem o valor.

Agora tudo o que eu desejo é um lar,
Umas crianças, e alguém pra compartilhar.

             ~ * ~

Me sinto pequeno...
Pensando pequeno.
Mas e daí?
Sou só eu, você
Mais ninguém...

Acho que escapei da armadilha,
Da armadilha de querer ser um pouco mais do que devia.

E você que está lendo,
Olhe para o lado!!
Você deseja rodar o mundo,
Mas
        sempre 
                     irá      
                             terminar 
            o dia 
                                             num  quarto,  
                                                                  cansado.














   
    ~* Palavras que saíram da Boca *~

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Poema O Canto do Descanso

Um ponto
De exclamação
!
                                                                                             O Canto do Descanso

Não sentiu o perdido

Parece que está resolvido
Passou por cima e por baixo
Sentiu tranquilo em qualquer dos estágios

Sentiu a sensação

Perdeu o norte
Ficou sem chão

Atravessou o deserto

Ficou perdido por século
Depois que encontrou o perdido
Estava cansado de procurar o abrigo

Agora ele quer um descanso

Não quer mais caminhar
Quer um canto

A batalha o exauriu

A emoção o destruiu
Gastou todas as energias
Cansou de toda melancolia

É jovem

Mas já viveu o bastante
Viveu mais de 10 vidas
Cansou do mutante

                                                                            ~* Palavrasquesaíramdaboca

Cansou do mutante,

cansou...

Enfim,

descansou.
!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Poema Intuição é ação, e não inércia

Nunca sei o que se passa
Se é real ou se é máscara
Confio no coração e na intuição
Fora da razão, é sentido, não imaginação

Faço um pedido
Mexo as peças
Me movimento
Vejo o que resta

A inércia está nos conceitos
Sem conceito, mergulho de peito

A aceitação nem sempre é o melhor remédio
Na certa nos mantém reféns de doses de tédio

Seguindo minha loucura
Sendo louco por ser eu
Assim não sigo o outro
Vou te provar que não sou louco



~* Palavras que saíram da Boca *~

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Poema Fogueira que luta para acender



Energia comprimida
Dentro do peito uma vontade contida

Vontade de chegar mais perto
E quase sem medo nenhum de poder não dar certo

No cio do amor
O peito se preenche de calor
Momento propício a estarmos unidos
Surpreendido com a quebra de pré-requisito

Brasa queimando sem álcool?
Fogueira não consegue acender.
Quando está perto de incendiar...
Puts, onde foi parar você?

Depois que o calor esfria
Acontece que a gente se distancia

Será que se perde a oportunidade?
Ou será que é medo de incendiar de verdade?

~* Palavras que saíram da Boca